Operação da PF mira suspeitos de entregar 43 mil armas para facções

Operação DAKOVO. Foto: Polícia Federal

Operação DAKOVO. Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal desvendou uma complexa e multimilionária engrenagem de tráfico ilícito de armas de fogo da Europa para a América do Sul.

Foi deflagrada nesta terça-feira (5) a operação Dakovo, com o objetivo de desarticular um grupo internacional suspeito de fornecer 43 mil armas para as principais facções criminosas do Brasil, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho.

Uma empresa sediada em Assunção, no Paraguai, foi responsável pela importação de milhares de pistolas, fuzis e munições de vários fabricantes europeus sediados na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

As armas eram importadas da Europa para o Paraguai, onde eram raspadas e revendidas a grupos de intermediários que atuavam na fronteira do Brasil com Paraguai, para serem revendidas às principais facções criminosas do Brasil.

Mandados de busca e apreensão em três países

O esquema internacional de tráfico de armas, segundo a PF, teria movimentado cerca de R$ 1,2 bilhão em três anos. Os agentes estão cumprindo cinco mandados de prisões preventivas, seis ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em três países, Brasil, Paraguai e Estados Unidos.

No Brasil, os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Sorocaba (SP), Praia Grande (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ponta Grossa (PR), Foz do Iguaçu (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG).

Segundo o G1, o principal alvo da operação, Diego Hernan Dirísio, considerado o maior contrabandista de armas da América do Sul, permanece foragido.

Operação DAKOVO. Foto: Polícia Federal
Operação DAKOVO. Foto: Polícia Federal

A operação foi realizada pela PF no Estado da Bahia, em parceria com Ministério Público Federal (MPF) e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) e o Ministério Público do Paraguai.

A ação contou ainda com a FICTA (Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições), que é composta pela HSI (Homeland Security Investigations) e SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública), sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF. A investigação teve início em 2020, quando a Polícia Federal apreendeu pistolas e munições no interior da Bahia.

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