‘O Brasil não cederá a aventuras autoritárias’, diz Fachin, que prevê mais 100 observadores na eleição

Edson Fachin. Foto: Lula Marques/Fotos Públicas

Edson Fachin. Foto: Lula Marques/Fotos Públicas

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou que o país é uma vitrine para os analistas internacionais, e cabe à sociedade brasileira garantir uma mensagem de estabilidade, de paz e segurança, e de que “o Brasil não mais aquiesce a aventuras autoritárias”.

“Cabe à sociedade brasileira garantir nos próximos meses uma mensagem de estabilidade, paz, segurança e de que “o Brasil não mais aquiesce a aventuras autoritárias”, disse o ministro nesta terça-feira (17) durante a abertura do evento “Democracia e Eleições na América Latina e os Desafios das Autoridades Eleitorais”.

Fachin destacou que o Brasil está inserido em um contexto internacional em que se intensificam ataques às instituições, e citou casos de tentativas de interferência no processo eleitoral nos Estados Unidos, México, Equador e Peru.

Para o presidente do TSE, “a estapafúrdia invasão do Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro do ano passado; os reiterados ataques sofridos pelo Instituto Nacional Eleitoral do México; as ameaças, inclusive de morte, sofridas pelas autoridades eleitorais peruanas no contexto das últimas eleições presidenciais — são exemplos do cenário externo de agressões às instituições democráticas, que não nos pode ser alheio. É um alerta para a possibilidade de regressão a que estamos sujeitos e que pode infiltrar-se em nosso ambiente nacional — na verdade, já o fez”.

O ministro também anunciou que espera mais de 100 observadores internacionais nas eleições deste ano no Brasil.

“Acordamos que realizar-se-á uma rede de observações internacionais para garantir a vinda ao Brasil antes e durante as eleições – não apenas dos organismos que já mencionamos -, mas de diversas autoridades europeias e de outros continentes que tenham interesse e condições em acompanhar de perto o processo eleitoral de outubro próximo”, emendando que “nossa meta é ter mais de 100 observadores internacionais durante o processo eleitoral no Brasil”.

A declaração é uma resposta ao presidente Jair Bolsonaro, que em live na semana passada buscou minimizar as próprias ameaças que tem feito ao sistema de votação.

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