Número de adoções cai 40% no Brasil em 2020

Campanha de Adoção. Foto: Divulgação

Campanha de Adoção. Foto: Divulgação

Centenas de mães, pais e crianças deixaram de formar uma família em 2020 devido à pandemia do novo Coronavírus. A quantidade de adoções entre janeiro e outubro deste ano foi 40% menor em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do SNA (Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento).

A redução de 2.450 processos finalizados para 1.478 se deve à paralisação dos casos em andamento nos tribunais espalhados pelo país que precisaram fechar durante a pandemia.

A queda foi acentuada a partir do mês de abril, quando as medidas de isolamento social para conter a disseminação da Covid-19 se intensificaram.

A juíza auxiliar da presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Trícia Navarro Xavier Cabral, explica que as varas de infância e da juventude foram autorizadas a realizar audiências de forma virtual para não deixar os procedimentos parados.

“O Judiciário tem tomado todas as medidas possíveis para que os direitos da infância e juventude sejam assegurados e os processos tramitem com maior agilidade possível. Claro, dentro dos limites decorrentes do isolamento social e sem submeter as nossas crianças e adolescentes, bem como os servidores públicos e colaboradores, a um perigo maior, a Covid-19”, disse. A expectativa é de que os números comecem a subir com as últimas flexibilizações.

Conforme o CNJ, o baixo índice de adoção, mesmo antes da pandemia, ocorre em decorrência da idade. Entre as crianças que não encontraram uma família, 88% têm acima de 10 anos. Apenas 6% dos pretendentes habilitados aceitam essa faixa etária.










Comentários

 




    gl