Novo reajuste nos combustíveis está previsto para 20 dias, diz Bolsonaro

Bomba de gasolina. Foto: Agência Brasil

Bomba de gasolina. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro declarou, nesta segunda-feira (1), em entrevista coletiva concedida na Itália, após reunião do G20, que a Petrobras vai anunciar novo reajuste nos preços dos combustíveis nos próximos 20 dias.

Bolsonaro, no entanto, não adiantou de quanto será o reajuste e ressaltou ter a informação extraoficialmente. Ao ser questionado sobre a greve dos caminhoneiros, iniciada nesta segunda, o presidente garantiu acompanhar os desdobramentos junto ao Ministério da Infraestrutura.

“Estou acompanhando, estamos acompanhando. Agora, uma notícia que dou para vocês, eu tenho pressa, a Petrobras já anuncia, eu sei extraoficialmente, novo reajuste daqui a uns 20 dias”, disse.

Bolsonaro ainda criticou os reajustes da Petrobras e afirmou que os aumentos prejudicam os mais pobres. Entretanto, não informou se irá pedir mais tempo para efetivar o reajuste ou se tomará outra providência para evitar os ajustes nos combustíveis.

“Isso não pode acontecer. A gente não aguenta, porque atrela… O preço do combustível está atrelado à inflação, você falou em inflação, você perde o poder aquisitivo, e a população não está com o salário preservado ao longo dos últimos anos. Os mais pobres sofrem”, completou.

Na última terça-feira (26), a Petrobras anunciou o reajuste da gasolina (7%) e do diesel (9%) nas refinarias. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), os combustíveis apresentaram alta de 4,5% na última semana.

O preço dos combustíveis é a principal causa da greve dos caminheiros autônomos, que reclamam da política de preços da Petrobras. Segundo a categoria, a medida prejudica o trabalho dos caminheiros e acaba diminuindo os lucros do transporte.

A paralisação, no entanto, ainda não teve a adesão esperada por lideranças. Não há registros de rodovias paralisadas ou de caminhoneiros que pretendem parar os serviços. As informações foram repassadas pelo Palácio do Planalto.

Bolsonaro visita nesta segunda-feira o município de Anguillara Vêneta, no norte da Itália, onde nasceu seu bisavô paterno. Ao ser perguntado, em entrevista a jornalistas no local, se a prioridade no retorno ao Brasil seria o Auxílio Brasil, programa social que vai substituir o Bolsa Família, o titular do Palácio do Planalto respondeu que o foco será o preço do combustível.

“Esta semana vai ser um jogo pesado com a Petrobras, porque eu indico o presidente, quer dizer, tem que passar pelo conselho, não sou eu que indico, e tudo que de ruim acontece lá cai no meu colo. O que é de bom não cai nada em meu colo. O ideal — falei com o Paulo Guedes — é nós partirmos para privatizar a Petrobras. Isso é o ideal, no meu entender, que deve acontecer. Agora, isso aí não é colocar na prateleira e vender amanhã. Esse processo vai durar mais de ano”, finalizou.

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