Novo aumento: Bolsonaro diz que combustíveis vão ficar mais caros

Posto de combustível. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Posto de combustível. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro sinalizou que haverá um novo reajuste no preço dos combustíveis. O anúncio aconteceu neste domingo (24), durante entrevista concedida ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Infelizmente, pelos números do preço do petróleo lá fora e do dólar aqui dentro nos próximos dias, a partir de amanhã, infelizmente teremos reajuste do combustível. Prevendo isso, se antevendo a isso, nós discutimos bastante um auxílio ao caminhoneiro. Sabemos que é pouco, R$ 400 por mês, sabemos que é pouco. Mas estamos fazendo isso tudo no limite da responsabilidade fiscal”, disse Bolsonaro.

O presidente também afirmou que não tem poderes para interferir na Petrobras e que há conversas sobre “o que fazer com ela [Petrobras] no futuro”, citando o monopólio da exploração do petróleo por parte da empresa.

“Alguns querem que a gente interfira no preço, mas não vamos interferir no preço de nada. Isto já foi feito no passado e não deu certo”, disse.

Questionado se existe a intenção de privatização da empresa, o Bolsonaro afirmou que o processo “não é só botar na prateleira” e criticou a “burocracia” envolvendo a aprovação da privatização completa de estatais, afirmando que teria “privatizado muito mais” se não fosse necessária a aprovação da Câmara dos Deputados.

“Isso o Paulo Guedes responde para você. Privatizá-la não é colocar na prateleira e tudo bem. É complicada a situação. Eu teria privatizado muito mais coisas se não tivesse essa burocracia toda”, respondeu.

Guedes defendeu a reformulação das regras do teto de gastos como forma de implementar o programa social Auxílio Brasil, que sucederá o Bolsa Família. Segundo o líder da pasta da Economia, é preciso “flexibilizar um pouco para atender aos brasileiros mais frágeis”.

“As pessoas falam: ‘Você não é defensor do teto?’ Eu sou defensor do teto. Eu vou continuar defendendo o teto. Eu defendo as privatizações. Agora, o presidente tem que tomar uma decisão política muito difícil: se ele respeita o teto ou deixa 17 milhões de famílias passando fome. Então, ele tem que pedir. Ele tem que pedir uma ação social que proteja a população. E eu tenho que calibrar essa ajuda”, declarou.

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