Nove em cada dez brasileiros tomariam vacina contra Covid-19 se doses estivessem disponíveis

Vacinação. Foto: Altemar Alcantara/Semcom

Vacinação. Foto: Altemar Alcantara/Semcom

Nove a cada dez brasileiros se vacinariam contra a Covid-19 caso as doses já estivessem disponíveis para a população. É o que diz uma pesquisa da Ipsos para o Fórum Econômico Mundial.

O levantamento, feito com cerca de 20 mil entrevistados em 27 países, buscou apontar a predisposição das pessoas a se imunizar contra a doença. Dos brasileiros perguntados, 88% disseram que sim, tomariam a vacina – índice acima da média global, de 74%.

Entre os que disseram que não tomariam a vacina, 63% temem possíveis efeitos colaterais, 21% duvidam a eficácia da dose, 10% disseram não ter risco de pegar a doença e 7% são contra vacinas. Para metade dos ouvidos no Brasil, a vacina deve estar disponível ainda neste ano.

Até o momento, apenas uma vacina, desenvolvida na Rússia, foi anunciada como eficaz para o novo Coronavírus – e ainda será analisada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, são feitos testes de quatro fórmulas, todas na terceira e última fase antes de confirmar a eficácia.

A pesquisa da Ipsos para o Fórum Econômico Mundial ocorreu entre 24 de julho e 7 de agosto. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

Bolsonaro

Na segunda-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro se manifestou contrário a uma obrigatoriedade da aplicação da vacina contra Covid-19.

Em conversa com apoiadores, ele afirmou que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”, justificando que a imposição seria um ataque à liberdade dos brasileiros. A frase foi replicada em uma publicação nos perfis oficiais da Secretária Especial de Comunicação Social, ligada ao governo federal.

Mesmo com o posicionamento contrário, a vacinação é obrigatória por lei em crianças. A imposição está presente no Programa Nacional de Imunizações, da década de 1970, e também no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), aprovado em 1990.

Pais que não vacinam os filhos com as doses mandatórias podem ser multados e processados por negligência. No caso de adultos, apesar de não ser obrigatório, a falta de vacinas pode impedir a entrada em alguns países.










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