Queiroga: ‘Não vacinados são maioria entre os internados por Covid-19’

Marcelo Queiroga. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Marcelo Queiroga. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta quinta-feira (13), que a maioria dos internados por Covid-19 no Brasil é de pessoas que não tomaram a vacina contra a doença.

A declaração foi dada durante a cerimônia de recepção das doses de vacinas da Pfizer contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. A farmacêutica entregou 1,2 milhão de imunizantes ao governo federal nesta madrugada.

Na ocasião, Queiroga afirmou que ainda não se sabe o impacto real da variante Ômicron. No entanto, o ministro afirmou que pessoas imunizadas contra a Covid-19 têm menos chances de internação.

“Nós sabemos que muitos têm relatado que essa variante causa formas menos impactantes de Covid-19, sobretudo naqueles que estão vacinados, apesar de a ciência não ter ainda nos dado todas as respostas acerca da eficácia das vacinas em relação à variante Ômicron. Mas, daqueles que se internam nos hospitais e nas unidades de terapia intensiva, a grande maioria é de indivíduos não vacinados”, afirmou.

Não faltará vacina para crianças

Marcelo Queiroga também garantiu que não faltará vacina contra a Covid-19 para as crianças brasileiras. O primeiro lote do imunizante Pfizer para crianças de 5 a 11 anos chegou ao Brasil nesta madrugada.

Antes de embarcar para São Paulo, Queiroga publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que não faltará vacina para o público infantil. O ministro frisou que a vacinação não será obrigatória e que “os pais que desejarem” vacinar os filhos terão imunizantes disponíveis.

“Estou embarcando para Guarulhos, onde receberemos as primeiras doses da vacina Cominarty para crianças de 5 a 11 anos. Como ministro da Saúde, quero assegurar a todos os pais que desejam vacinar seus filhos: não faltará vacina”, afirmou.

A expectativa do governo é receber, até o fim do mês, 4,3 milhões de doses pediátricas. De acordo com a Pfier, as próximas remessas chegam ao país nos dias 20 e 27 de janeiro, trazendo 1,248 milhão e 1,818 milhão de unidades, respectivamente.

Até o primeiro trimestre de 2022, o Brasil deve receber um total de 20 milhões de vacinas para crianças. A autorização da imunização infantil contra a Covid-19 enfrentou resistência por parte do governo federal. O próprio presidente Jair Bolsonaro fez diversos comentários com críticas e informações falsas sobre as vacinas.

Variantes

Queiroga também destacou que a vacinação dos brasileiros contra a Covid-19 deixa o país preparado para enfrentar a variante Ômicron do Coronavírus e outras que possam surgir no futuro.

“Países que estão fortemente vacinados, como o Brasil, tem mais possibilidades, de passar pela variante Ômicron e outras variantes que surjam desse vírus que tem uma grande capacidade de gerar mutações”, afirmou.

Redução de mortes e internações

Queiroga destacou a importância da vacinação para evitar internações e agravamento da doença. “Aqueles que se internam nos hospitais e nas unidades de terapia intensiva, a grande maioria são de indivíduos não vacinados”, enfatizou. “Nós assistimos no Brasil, nos últimos seis meses, queda muito significativa de óbitos, fruto das políticas públicas e da campanha de vacinação”, acrescentou.

Por isso, o ministro pediu para aqueles que ainda não tomaram a segunda dose ou a de reforço para que procurem os pontos de imunização. “É necessário reafirmar a orientação para aqueles que não tomaram a segunda dose ou a dose de reforço, que procurem a sala de vacinação para completar o esquema de vacinal”, ressaltou.

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