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‘Não teremos dias de facilidade’, diz ministro que coordena transição

Coordenador da  transição, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, previu que o novo governo terá um caminho árduo pela frente.

“Não teremos dias de facilidade não; teremos dias de dificuldade e precisaremos estar unidos”, afirmou, em entrevista exclusiva à jornalista Roseann Kennedy, em programa que ao vai ar nesta segunda-feira às 21h15 na TV Brasil.

Entre as dificuldades apontadas pelo ministro está a negociação da reforma da Previdência no Congresso, que o governo Jair Bolsonaro pretende iniciar, sob nova forma, somente em 2019. Padilha julga que o período de “lua de mel” entre  o novo presidente da República e o Legislativo, que ele estima entre 90 e 120 dias, não será suficiente para aprovar um novo modelo de reforma.

“Vai precisar de mais de 90 dias para fazer. Seria bom aproveitar esses 60 dias [do governo Temer] para ver até onde se avança”, recomendou. O presidente Michel Temer já se colocou à disposição para dar, até 31 de dezembro, encaminhamento à proposta de reforma já aprovada em comissão especial da Câmara.

“Se houver interesse do novo governo em incrementar essa proposta, teremos toda a disposição de ajudar”, reafirmou Padilha. “Primeiramente,  precisamos ver se eles querem acelerar”, completou.

O ministro, que atua como articulador político desde o governo FHC, lembra que “o Congresso é soberano e só ele decide” as questões fundamentais do país. “O Executivo tem limitações, e o Congresso pode não sancionar o que o novo governo quer”, observou.

Padilha avaliou que “a eleição de Bolsonaro não se fundou em alianças partidárias” e que o presidente eleito terá de conversar com os partidos e não apenas com as bancadas temáticas – evangélica, ruralista e da segurança –, como o presidenciável fez em sua campanha.

“Ele [Bolsonaro] veio sem aliança. Agora chegou a vez de  dialogar com o Congresso Nacional e isso terá de ser feito via partidos, pois são eles que controlam  seus deputados e seus votos”, afirmou.

Eliseu Padilha apontou dois grandes desafios para o novo governo: reduzir o déficit público – que se aprofunda sem a reforma da Previdência, cujo rombo é hoje de R$ 300 bilhões – e gerar empregos. “Nós já geramos 800 mil empregos este ano; chegaremos a 1 milhão, mas isso precisa continuar e acelerar.”

O ministro da Casa Civil destacou que a transição é importante porque o governo que assume não tem tempo para se adaptar, pois os compromissos da máquina pública continuam após 31 de dezembro. “O governo entra e o Brasil não para”, destacou.

– Haddad deseja publicamente ‘sucesso’ e ‘boa sorte’ a Bolsonaro

Redação SRzd

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