‘Não tem congelamento’, diz Paulo Guedes sobre preço dos combustíveis

Bomba de gasolina. Foto: Agência Brasil

Bomba de gasolina. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (8) ao sair do prédio da pasta, que “não tem congelamento” de preços de combustíveis. “Esquece esse troço”, respondeu o ministro a jornalistas em Brasília, que entrou no carro e logo deixou o local.

Mais cedo, ao chegar ao ministério, Guedes afirmou que “só maluco congela preço”, segundo imagem flagrada pelo R7. A afirmação foi feita em resposta a um questionamento de jornalistas sobre se congelaria o preço dos combustíveis.

Guedes e outros ministros se reuniram para discutir uma forma de conter o impacto da guerra na Ucrânia no preço dos combustíveis. Na segunda-feira (7), o petróleo atingiu o maior preço desde 2008. Após os Estados Unidos declarem que discutem proibir a importação de petróleo russo, em sanção pela invasão à Ucrânia, o barril do tipo Brent chegou à máxima de US$ 139.

Por conta da alta, o presidente Jair Bolsonaro chegou a criticar a política de paridade com o mercado internacional adotada pela Petrobras, o que fez as ações de empresa despencarem 5,26%, sendo negociadas a R$ 32,43.

“Tem uma legislação errada feita lá atrás, que você tem a paridade com o preço internacional. Ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí, sem ter nenhum sobressalto no mercado”, disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Folha, de Roraima.

O senador Eduardo Braga, do MDB, apresentou uma emenda que impede o governo federal de congelar o preço dos combustíveis. O parlamentar quer que o Projeto de Lei 1.472, que cria a Conta de Estabilização de Preços de Combustíveis, seja modificado para evitar que o Palácio do Planalto tome esse tipo de medida na tentativa de frear a alta dos produtos.

“A conta de equalização é o componente que tem absorver o impacto. Não pode congelar o preço porque vai quebrar o mercado brasileiro. Defendo a paridade internacional, mas o financiamento tem que ser feito por meio dessa conta e não por meio do congelamento de preços”, explicou Braga em entrevista ao SBT.

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