O novo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou em sua primeira agenda oficial no comando da capital que seguirá a gestão de Bruno Covas, morto no domingo (16).
“A gestão é a gestão Bruno Covas. Não existe nenhuma mudança, nenhuma alteração. (…) É um governo que nós fizemos junto, sob liderança do Bruno, evidentemente, sob a forma de pensar dele e não tem porquê não dar continuidade”, disse.
Ele negou divergência ideológica com Covas, disse que não sabe de onde tiraram que ele é de extrema-direta e ressaltou que pensa como o antecessor: “É aquele pensamento igual ao do Bruno, de defesa incondicional da democracia. A democracia é o principal legado que podemos ter.”
Nunes já estava no exercício do cargo desde 2 de maio quando Covas pediu licença para se dedicar exclusivamente ao tratamento de câncer.
O prefeito participou nesta segunda-feira (17) da retomada da vacinação contra a Covid-19 para grávidas e puérperas com comorbidades. “Além de ter a vida da mamãe, tem ali dentro ao menos uma vida. E a vacina é que salva vidas”, afirmou.
Em 2020, faltando uma semana para as eleições de segundo turno na capital paulista, 92% dos paulistanos não sabiam mencionar o nome do vice de Bruno Covas, apontava o instituto Datafolha.
Discreto, ele preferiu agir discretamente na campanha eleitoral de 2020, após ver seu nome envolvido em acusações de violência contra sua esposa e de ter sido beneficiado em um esquema de superfaturamento de aluguéis de creches conveniadas com a Prefeitura. Regina Carnovale, esposa de Nunes, negou as acusações de violência e declarou que foi tudo um mal-entendido.
Sobre ser alvo de investigação pelo Ministério Público sobre suposto superfaturamento no aluguel de creches privadas com convênio com a Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes se defendeu durante uma sessão da Câmara dos Vereadores de novembro de 2020.
Ricardo Nunes foi escolhido o candidato a vice de Bruno Covas por levar para o executivo as relações políticas que construiu durante sua carreira na Câmara, onde foi eleito vereador em 2012 e reeleito em 2016. Antes de entrar na política, Nunes era empresário, atuando na área de controle de pragas.
Nunes tem a zona sul de São Paulo como base eleitoral e é católico praticante. Enquanto foi vereador, defendeu que igrejas fossem anistiadas durante a lei de zoneamento, em 2016. Também defendeu o “fim da ideologia de gênero nas escolas”, assim como defendeu que as escolas não deveriam ter aulas de educação sexual.
Entre 2012 e 2016 foi base de apoio de Fernando Haddad do PT. Com a chegada de João Doria à prefeitura, horando a tradição do MDB, passou a apoiar o PSDB. Sua boa articulação com os partidos de centro deu destaque a seu nome como uma moeda de troca para o apoio à reeleição de Bruno Covas.
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