Mulher liga para polícia, pede pizza e agente entende pedido de ajuda

Viatura policia. Foto: Reprodução de Internet

Sirene de viatura polícia. Foto: Pikist

A Polícia Militar recebeu uma ligação com um pedido inusitado na noite da última quinta-feira (28): um mulher, de 54 anos, moradora de Andradina, em São Paulo, gostaria de uma pizza.

O cabo responsável pelo atendimento do Comando de Policiamento do Interior (Copom) entendeu que a ligação pudesse se referir a um pedido de socorro por parte da mulher e enviou uma equipe para averiguar a situação. Ao chegar no local, a suspeita se confirmou.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, o rapaz de 57 anos fugiu assim que os agentes se aproximaram. A moça que fez a ligação denunciou as agressões físicas, verbais e psicológicas que sofria pelo marido.

No depoimento à polícia , a vítima alegou que apanhou do agressor por mais de 20 anos e, desde que o mesmo saiu da prisão, as agressões retornaram com maior intensidade. Naquele dia, o homem teria ameaçado a mulher e os filhos de morte. O suspeito das agressões segue desaparecido e foi dado como foragido pelos agentes de segurança.

A mulher solicitou medida protetiva para que o homem não possa mais voltar para a casa. Ela contou aos militares que pedir uma pizza foi a forma que encontrou de pedir ajuda, pois tinha medo de falar a verdade e ele ouvir.

Ao UOL o Copom explicou que o caso foi recebido pelo PM Cássio Júnior dos Santos e que, somente foi possível entender o pedido de socorro da mulher porque ele estava treinado para casos assim.

“O Copom faz treinamentos periódicos, no mínimo semestrais, e utiliza exemplos do que ocorre em outros locais para orientação do efetivo”, explicou o Comando em nota.

O Ligue 190 é o número de emergência indicado para quem estiver presenciando uma situação de agressão. A Polícia Militar poderá agir imediatamente e levar o agressor a uma delegacia.

Também é possível pedir ajuda e se informar pelo número 180, do governo federal, criado para mulheres que estão passando por situações de violência. A Central de Atendimento à Mulher funciona em todo o país e também no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita.

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