MPF diz que Chiquinho da Mangueira pediu R$1 milhão a Cabral para desfile da escola

Chiquinho. Foto: Rodrigo Trindade/Acervo SRzd

Preso na manhã desta quinta-feira (08) em uma operação da Polícia Federal, Chiquinho da Mangueira é acusado de ter pedido R$ 1 milhão em propina para a realização de um desfile da Estação Primeira de Mangueira. A denúncia é do Ministério Público Federal (MPF).

O ano para qual o dinheiro foi pedido não foi especificado. Chiquinho é presidente da Mangueira desde 2013. A propina teria sido pedida ao ex-governador Sérgio Cabral. Do valor total, pelo menos R$ 200 mil foram entregues por Sergio Castro de Oliveira, também conhecido como Serjão. Castro é ex-assessor do ex-governador do Rio de Janeiro.

Em depoimento, Serjão revelou que o pagamento de R$ 200 mil teria sido entregue ao lado da casa da mãe de Chiquinho, em Vila Isabel, na Zona Norte da capital fluminense. A delação serviu como base para a denúncia do MPF.

Além do valor que seria direcionado ao desfile de Carnaval, o ex-assessor de Cabral informou que teria também pago outros R$ 20 mil ao deputado como um tipo de “mesada”. A relação entre o presidente da Mangueira e Serjão foi confirmada pelos investigadores por meio da quebra de sigilo telefônico.

Operação Furna da Onça

A Polícia Federal faz nesta quinta-feira (8) uma operação para investigar a participação de deputados estaduais do Rio de Janeiro em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual.

A operação, chamada Furna da Onça, é um desdobramento da Operação Cadeia Velha, que levou à prisão os deputados Paulo Melo, Jorge Picciani e Edson Albertassi, todos do MDB.

Estão sendo cumpridos 19 mandados de prisão temporária, três de prisão preventiva e 47 mandados de busca e apreensão. Alguns mandados estão sendo cumpridos dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo a PF, a organização criminosa pagava propina a vários deputados estaduais, a fim de que patrocinassem interesses do grupo criminoso na Alerj.

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