MP abre investigação criminal contra PM que agrediu mulher com bebê no colo

Militares que imobilizaram mulher com criança no colo em Itabira. Foto: Reprodução/Twitter

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu uma investigação para apurar a conduta dos policiais militares que usaram da truculência para abordar uma mulher com uma criança no colo em Itabira.

A ação ganhou repercussão no sábado (6) com as imagens que vieram à tona nas redes sociais e que remeteram ao caso de George Floyd, homem negro assassinado pela polícia dos Estados Unidos em 2020.

O anúncio sobre a investigação foi feito pelo procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Junior. “O MPMG tem o dever funcional de apurar as condutas dos militares que prenderam, de forma violenta, uma senhora com as crianças no colo, hoje, em Itabira-MG. Será instaurado o PIC (Procedimento Investigatório Criminal). Sabemos que as lideranças da PM não coadunam com isto”, escreveu o procurador em suas redes sociais.

Em vídeos que circulam na internet, é possível ver dois policiais conversando com a mulher, que está com uma criança no colo e abraçada a outra, um pouco maior. Um dos agentes, então, derruba a mulher no chão e a imobiliza pressionando o joelho contra seu pescoço, mesmo com a criança ainda em seu colo. O outro menino que estava com a mulher se desespera e, junto a outras pessoas ao redor, tenta conter os agentes. O caso se deu na avenida João Pinheiro, centro de Itabira, na noite de sexta-feira (5).

Militares que imobilizaram mulher com criança no colo em Itabira. Foto: Reprodução/Twitter
Militares que imobilizaram mulher com criança no colo em Itabira. Foto: Reprodução/Twitter

Apesar de garantir a investigação criminal contra os agentes policiais, o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, também através das redes sociais, repercutiu a versão da Polícia Militar sobre o ocorrido. Segundo a corporação, a abordagem foi feita pois a mulher e seu marido estariam portando arma de fogo e munições ilegalmente. “A mulher teria se agarrado a uma criança, usando-a como escudo humano e se recusando a largá-la”, disse Soares Junior.

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