Mourão se posiciona sobre polêmica: ‘Eu não posso usar o meu Viagra, pô?’

General Hamilton Mourão. Foto: Alan Santos - Agência Brasil

General Hamilton Mourão. Foto: Alan Santos – Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu a compra de comprimidos de Viagra pelo Ministério da Defesa, usado, frequentemente, para disfunção erétil e afirmou que o “exagero” das críticas é uma coisa de “tabloide sensacionalista”.

“Lógico que está havendo exagero. Mesmo que seja para o cara usar [para disfunção erétil]. Vamos colocar como funciona o sistema de saúde do Exército: um terço é recurso da União, que é o chamado fator de custo, é a contrapartida da União para os militares. E dois terços é o fundo de saúde que é bancado pela gente. Então,
eu desconto 3% do meu salário para o fundo de saúde. E todos os procedimentos que eu faço a gente paga 20%, além dos 3% que ele desconta. Nós temos farmácias. A farmácia vende medicamentos. E o medicamento é comprado com recursos do fundo. Então, tem o velhinho aqui [aponta para si próprio]. Eu não posso usar o meu Viagra, pô? O que são 35 mil comprimidos de Viagra para 110 mil velhinhos que tem? Não é nada”, afirmou aos jornalistas Fabio Murakawa e Fernando Exman, do “Valor Econômico”.

Vale lembrar que Mourão quer o presidente Jair Bolsonaro ao seu lado no palanque na campanha eleitoral. Recém-filiado ao Republicanos, ele concorrerá a uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul.

O presidente defendeu as Forças Armadas das acusações de terem comprado desnecessariamente o remédio Viagra, usado para disfunção erétil, e garantiu que o medicamento será usado para tratar Hipertensão Pulmonar Arterial (HPA).

Os dados sobre as compras de Viagra pelas Forças Armadas foram levantados pelo deputado Elias Vaz, do PSB, com base no Portal da Transparência e no painel de preços do governo. Os pregões, feitos a partir de 2020, preveem a compra do Citrato de Sildenafila –nome genérico do medicamento– em dosagens de 25mg e 50mg.

As Forças Armadas alegam que o remédio será usado exclusivamente para HPA e que foram comprados dentro do orçamento do sistema de saúde exclusivo das forças, que atendem militares em todo o país.

O medicamento é de fato usado para HPA. No entanto, a bula de duas versões da Sildenafila usadas para essa doença indicam uma dosagem diferente, em comprimidos de 20mg, que podem ser usadas de 8 em 8 horas.

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