Mourão diz que aliança Bolsonaro e Centrão pode confundir eleitores

Hamilton Mourão. Foto: Reprodução de TV

Hamilton Mourão. Foto: Reprodução de TV

Declarações antagônicas entre o vice-presidente Hamilton Mourão com o presidente Jair Bolsonaro têm aumentado nas últimas semanas.

Em entrevista na manhã desta sexta-feira (23) no Palácio do Planalto, Mourão disse que a declaração de Bolsonaro de que “é do Centrão” pode confundir parte do eleitorado. O mandatário da República fez críticas frequentes ao bloco político durante a campanha eleitoral de 2018.

“O eleitor que é o eleitor do presidente Bolsonaro, que é uma parcela entre 25% e 30% da população, olha a pessoa independente do partido em que ele está. Agora outra parte dos eleitores que também votaram no presidente Jair, por uma questão mais programática, de visão de futuro do país, esses podem até se sentir um pouco mais confundidos. Vai depender, obviamente, das ações daqui pra lá”, disse o general.

A declaração de Mourão acontece após Bolsonaro defender e anunciar Ciro Nogueira, do PP, como novo ministro da Casa Civil, e afirmar que “nasceu no Centrão”.

Na quinta-feira (22), o chefe do Executivo nacional defendeu-se das críticas que sofreu por causa da aliança com o bloco partidário. “Eu sou do Centrão”, disse o presidente.

“Centrão é um nome pejorativo. Eu sou do Centrão, eu fui do PP metade do meu tempo, fui do PTB, fui do então PFL. No passado, integrei siglas que foram extintas, como PRB, PPB. O PP, lá atrás, foi extinto. Depois, nasceu novamente da fusão do PDS com o PPB, se não me engano”, disse Bolsonaro à Rádio Banda B de Curitiba.

Há duas semanas, em 12 de julho, Mourão trombou com Jair Bolsonaro ao afirmar que as eleições presidenciais de 2022 serão realizadas mesmo que a proposta do voto impresso auditável não seja aprovada. “As eleições serão realizadas”, disse o vice-presidente em entrevista à CNN Brasil.

A declaração foi de encontro aos ataques feitos por Bolsonaro contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em sua defesa pela mudança no sistema eleitoral. O presidente fez ameaças à realização do pleito ao dizer que “ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”.

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