Morre o jornalista Valdeci Rodrigues, em Goiás

Valdeci Rodrigues. Foto: Reprodução/Facebook/Valdeci Rodrigues

Morreu nesta quarta-feira (12), em Porangatú, Goiás, o repórter, editor e articulista Valdeci Rodrigues Alves. Ele teve complicações em razão de uma pneumonia e não resistiu. O sepultamento será às 17hs em Porangatú.

Com trabalhos marcantes em Goiânia e Brasília, o jornalista de 61 anos, querido e respeitado por colegas de inúmeros veículos de comunicação, contabilizou 37 anos de profissão somando atuações em rádio, assessoria de imprensa e sites de notícias e televisão.

Passou pela BandNews, rádio CBN, Correio Braziliense, Jornal de Brasília, CorreioWeb, e pelo SRzd, onde foi correspondente em Brasília entre 2006 e 2015.

“Valdeci Rodrigues fez diferença na cobertura política em Brasília. Com o coração cortado recebemos a notícia do seu falecimento. Nós nos conhecemos na CBN da capital federal em 1994. Mais tarde, ele foi correspondente do site SRzd. Destemido nos trouxe muitas notícias em primeira mão. Quando esteve no Rio, de férias, e conheceu Búzios, na Região dos Lagos, ele nos deixou, em gratidão pela estadia, uma miniatura de um navio que representava um pouco o seu sentido de vida: poeta que navega nas noites enluaradas, singra os mares com destemor e um sorriso de felicidade ao conviver com a fauna. Ao lado do seu violão ouvimos entre amigos canções brasileiras que hoje chamamos de raiz. Que Deus proteja sua alma, amigo Valdeci”, declarou Sidney Rezende, diretor geral do SRzd.

Quando foi anunciado como colaborador do SRzd em 2006, o site publicou o seguinte texto:

“Trouxemos de Brasília o incansável Valdeci Rodrigues. Aquele correspondente que enche nossas páginas de notícias de sanguessugas e vampiros. Ele é o nosso homem encarregado de acender a luz na caverna. Valdeci é um jornalista brasileiríssimo, divertido, competente, bom de viola e trabalhador ao extremo”.

O jornalista Estevão Damazio, que trabalhou anos com Valdeci Rodrigues, ficou muito triste com a notícia e fez questão de ressaltar o talento dele: “Valdeci foi um dos mais talentosos jornalistas de rádio em Brasília. Ele tinha um poder de improviso que eu jamais tinha visto. Esse improviso, que contava com uma linguagem, ao mesmo tempo erudita, mas coloquial, com uma ambiguidade, atraía muito os ouvintes. Aprendi muito com ele”.

“‘Fala companheiro!’ Foi dessa forma que Valdeci Rodrigues se dirigiu a mim pela primeira vez, nos idos de 1995, no tapete verde da Câmara dos Deputados. Eu iniciava minha trajetória como setorista do Congresso Nacional- jargão de repórteres baseados num determinado local – pela CBN, uma novidade na cobertura jornalística 24h no Brasil. Ele já circulava com habilidade e competência entre parlamentares enquanto eu procurava entender o funcionamento daquelas casas legislativas. Como um amigo de longa data, que se conheceu naquele momento, ele com sua generosidade me ajudou a entender como a CBN preferia as coberturas, em especial, as “entradas ao vivo” com o âncora Sidney Rezende em comentários que permitiam aos ouvintes de rádio conhecerem os bastidores e as curiosidades dos congressistas. Com ele, eu aprendi a buscar informações onde ninguém procurava e em pouco tempo fizemos uma dupla, que me deixará saudades por toda vida! Valdeci ou Barafo, apelido dado porque se referia às pautas como “barafobafo” e com ele demos muitos furos, que fizeram daqueles tempos de cobertura no Congresso estarmos à frente dos principais jornais e TVs do Brasil. Junto com o Sidney, nosso âncora preferido da emissora, podíamos desenvolver raciocínios políticos que se transformaram em análises históricas ao público. O Jornalismo perde um excelente profissional e eu um amigo generoso e competente, que dividiu comigo as alegrias de fazer da CBN uma referência jornalística nos anos 90. Descanse em paz grande amigo e muito obrigado velho companheiro”, relembrou o amigo Alexandre Jardim, que trabalhou com Valdeci na CBN nos anos de 1995, 96 e 97.

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