Moro desmente Bolsonaro e diz que não pediu cargo no STF para ser ministro

Bolsonaro e Moro. Foto: Marcos Correia Agência Brasil

Bolsonaro e Moro. Foto: Marcos Correia Agência Brasil

Um dia após o presidente Jair Bolsonaro dizer  que o convidou com a promessa de nomeá-lo ministro do Supremo Tribunal Federal, o ministro Sergio Moro afirmou que não impôs nenhuma condição para assumir o cargo.

Parlamentares da oposição viram na declaração de Bolsonaro o pagamento de uma dívida pela prisão do ex-presidente Lula. Ao se distanciar da fala de Bolsonaro, Moro, que vem perdendo várias batalhas dentro do governo, tenta demarcar seu espaço.

Bolsonaro falou sobre a indicação de Moro ao STF em entrevista à rádio Bandeirantes: “A primeira vaga que tiver, eu tenho esse compromisso com o Moro [de indicá-lo]. Fiz um compromisso com ele porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura.”

Moro participou nesta segunda-feira (13) de um congresso promovido pela Esmafe-PR (Escola de Magistratura Federal do Paraná) e pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais). Em sua palestra, ele também defendeu a permanência do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sob seu comando, no Ministério da Justiça.

“Não vou receber um convite e estabelecer condições sobre circunstâncias futuras que não se pode controlar. O que eu levei para o presidente é que [no cargo] eu queria trabalhar contra a corrupção, crime organizado e crime violento. E houve uma convergência de pautas, além de o presidente ter me dado carta branca para construir [a equipe do] ministério”, disse Moro, destacando que a pasta está “repleta” de pessoas com quem ele trabalhou ao longo de seus 22 anos na magistratura.

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