Moraes determina quebra de sigilo bancário de Bolsonaro e Michelle
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na noite desta quinta-feira (17) a quebra do sigilo bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A decisão ocorre após surgirem suspeitas do envolvimento de Bolsonaro na venda de joias presenteadas pelo governo árabe.
Nesta quinta-feira (17), o advogado Cezar Bittencourt, que defende o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, afirmou que o cliente vendeu as joias a pedido do ex-presidente. Segundo a defesa, Cid, que está preso desde maio, quando foi alvo de uma operação contra a falsificação do cartão de vacinas da família e assessores de Bolsonaro, ainda teria repassado os valores para o ex-presidente.
As joias foram presentes dados a Bolsonaro no exercício do mandato. De acordo com o TCU, presentes dessa natureza devem ser incorporados ao acervo da União, e não podem ser vendidos como itens pessoais.
Moraes também autorizou o pedido de cooperação internacional feito pela Polícia Federal (PF) para solicitar aos Estados Unidos a quebra de sigilo bancário das contas dos investigados no caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita na Flórida.
No Brasil, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou ao menos R$ 4 milhões em movimentações financeiras de recursos no exterior em contas do pai de Mauro Cid.
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