Monica de Bolle perde coluna no Estadão após artigo sobre ‘detratores’ de Guedes’

Monica de Bolle. Foto: Divulgação

A economista Monica de Bolle anunciou através de suas redes sociais, na noite desta sexta-feira (4), que sua coluna no jornal “O Estado de São Paulo” foi encerrada pelo jornal. Segundo a professora da Universidade John Hopkins (EUA), o veículo não explicou os motivos para a decisão.

“Acabo de ser informada que minha coluna do @Estadao será encerrada. Sem explicações. Agradeço os 10 anos de colaboração e as muitas interações com o jornal”, escreveu Monica.

Na mesma postagem, a professora ainda sugeriu que o enceramento de seu espaço no jornal pode ter sido motivado por um texto crítico ao ministro da Economia, Paulo Guedes, publicado na última quarta-feira (2). “Liguem os pontinhos”, propôs.

O artigo em questão é intitulado “Os detratores de Paulo Guedes”, em referência ao dossiê do governo, produzido pela pela BR+ Comunicação em um contrato de R$ 2,7 milhões e revelado em reportagem recente do UOL, que lista 81 pessoas, entre jornalistas, influenciadores e formadores de opinião, que são dividas entre as classificações de “detratores”, “neutros informativos” e “favoráveis”, levando em consideração suas postagens e avaliações sobre o Ministério da Economia.

“Quem é Guedes mesmo para ter detratores? Ah é, ele é ministro da Economia. Mas ministro da Economia tem detrator? Detrator? Pessoas que vivem a falar mal de sua aparência, sua maneira de se vestir, seu corte de cabelo. Tem? Deve ter. Mas a lista que vi, a dos tais detratores, era um rol de pessoas que costumam criticar as medidas e as posturas de Guedes. Ora, pessoas públicas, como o ministro, têm críticos”, escreve a economista em seu último texto no Estadão.

“O que mais fez Guedes durante a pandemia? Se fosse um personagem de minissérie merecedor de detratores, um vilão, quais seriam as ações que o creditariam como protagonista? Porque vejam: fazer pouco ou quase nada durante a pandemia é razão para críticas, sim. Mas a rejeição visceral provocada pelos grandes vilões da ficção? Nada fazer não é eletrizante o suficiente. Pouco fazer não dá um enredo. Nada disso chega a ser trágico, mas claramente é tristonho. E, evidentemente, muito ruim para o País”, acrescenta ainda.

Confira a íntegra do artigo aqui.

 










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