Ministros defendem regulação das redes sociais após suicídio de jovem
A regulação das redes sociais voltou a ser debatida após o suicídio da jovem Jéssica Vitória, de 22 anos. O vazamento de uma suposta troca de mensagens, por uma página de fofocas, levou ao entendimento de que ela teria um relacionamento amoroso com o humorista Whindersson Nunes. A conversa viralizou e Jéssica passou a ser alvo de ataques.
O suposto relacionamento foi negado pelo artista e pela jovem, mas a desinformação não foi retirada das plataformas. Segundo a família, ela sofria de depressão. O humorista divulgou um vídeo em que pede a criação da lei Jéssica Vitória.
Ministros se manifestam
No fim de semana, tanto o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio de Almeida, quanto a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, defenderam a regulação das redes sociais.
O ministro Silvio de Almeida declarou que a regulação das redes sociais é um “imperativo civilizatório”. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou que a morte de Jéssica foi causada pela “irresponsabilidade” de perfis que lucram com a misoginia e a disseminação de mentiras.
“É inadmissível que o conteúdo mentiroso contra Jéssica, que fez crescer uma campanha de difamação contra a jovem, não tenha sido retirado do ar nem pelo dono da página nem pela plataforma X ao longo de quase uma semana, mesmo depois dos apelos da própria Jéssica e de sua mãe”, completou a ministra.
Página se posiciona
Em nota, o perfil Choquei afirmou que não houve “qualquer irregularidade” nas informações publicadas e que as postagens foram feitas com os “dados disponíveis no momento”.
“O perfil Choquei, por meio de sua assessoria jurídica, vem esclarecer aos seus seguidores e amigos que não ocorreu qualquer irregularidade na divulgação das informações prestadas por esse perfil. Cumpre esclarecer que não há responsabilidade a ser imputada pelos atos praticados, haja vista a atuação mediante boa-fé e cumprimento regular das atividades propostas”, declarou.
E um lembrete: caso você precise de ajude, você pode buscar os Centros de Atenção Psicossocial e Unidades Básicas de Saúde, ou Centro de Valorização da Vida – 188 ou internet. Algumas universidades oferecem tratamento psicológico de graça.
* Com informações da Agência Brasil
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