Ministro da Saúde diz ser contra o plantio de maconha para fins medicinais

Após o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Cidadania, Osmar Terra, se posicionarem contra o uso de medicamentos produzidos a partir da maconha alegando que este seria o primeiro passo para legalizar a droga, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também se posicionou contra a produção de remédios derivados da erva.

“A fabricação com volume tão pequeno não justifica. O preço seria enorme”, justificou.

“Não falamos em plantação de opioides, por exemplo, para produção de morfina”, disse Mandetta. “Seria uma droga a mais para lutar. Já temos o álcool, o tabaco, que são drogas lícitas e a gente tem lidar com os malefícios”, completou.

Luiz Henrique Mandetta. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Luiz Henrique Mandetta. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A afirmação de Mandetta acontece ao mesmo tempo em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia uma resolução que trata do plantio de maconha para fins medicinais e sua utilização em pesquisas.

O ministro disse que consultou especialistas dos conselhos federais de farmácia e Medicina, além de integrantes da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil e da Sociedade Brasileira de Psiquiatria.

Segundo Mandetta, as indicações de medicamentos produzidos a base do canabidiol são voltadas para pacientes que apresentam crises convulsivas constantes, que não podem ser contidas com os medicamentos disponíveis.

“O THC indiscriminado seria mais uma droga, que não acrescenta nada para a saúde”, disse. Anteriormente, Mandetta havia afirmado que não via problemas na proposta da Anvisa desde que ela fosse baseada em critérios científicos.

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