Ministro prevê salto no emprego e projeta reforma trabalhista após desastre

Carteira de Trabalho. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Carteira de Trabalho. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Trabalho e renda. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende rever a reforma trabalhista ainda em 2023. A informação foi confirmada por Luiz Marinho, ministro do Trabalho, e ex-prefeito de São Bernardo do Campo. A entrevista foi dada ao portal UOL.

Marinho estará neste final de semana em Genebra, na Suíça, para participar da Conferência Internacional do Trabalho e vê necessária a reforma após as desastrosas políticas empregadas nas gestões dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

+ emprego:

“Eu pessoalmente não gosto de metas. Mas temos uma projeção possível. Entre janeiro e abril, temos um saldo de 705 mil novos postos de trabalho, sendo 180 mil no mês de abril. Seguramente maio virá com um número positivo. O crescimento do PIB no primeiro trimestre surpreendeu a todos, menos ao governo. Tínhamos a sensibilidade de que haveria um crescimento além do que as áreas economistas e bancos projetavam”.

+ mundo novo:

“É uma aberração nas relações de trabalho no Brasil e em outras partes do mundo. As novas tecnologias são bem-vindas. Mas elas precisam beneficiar a sociedade. Quando se falava em novas tecnologias, o pensamento era que isso seria acompanhado por uma redução da jornada de trabalho. E vemos que ela está apropriada pelo capital para explorar ainda mais a sociedade. Precisamos então questionar: é para isso que queremos as novas tecnologias? Ou a sociedade tem o direito de se rebelar contra isso? Queremos a tecnologia que esteja à serviço da sociedade, à classe trabalhadora”.

+ jornada semanal:

“É plenamente factível levar toda a jornada máxima para 40 horas semanais. O correto, porém, é nascer isso das lutas sociais. E não simplesmente o governo mandar o projeto de lei propondo isso. Precisa haver um processo de mobilização e por isso minha provocação para os sindicatos”.

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