Paulo Guedes declara que pode deixar cargo: ‘não tenho apego’

Questionado se ficará no governo caso a reforma da Previdência não seja aprovada, o ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que não tem apego ao cargo e que fica “se o presidente apoiar as coisas que podem resolver o Brasil”.

Guedes declarou que pode deixar o governo se a reforma da Previdência não for aprovada e for reconhecida uma dívida de R$ 800 bilhões da União com os estados. Apesar disso, ele disse que não deixará o governo “na primeira derrota”.

A pergunta foi feita pela senadora Eliziane Gama do PPS nesta quarta-feira (27) durante audiência de Guedes na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado.

“Tenho a responsabilidade de não sair na primeira derrota. Mas se os Poderes aprovarem que a União deve R$ 800 bilhões (aos estados) e a reforma da Previdência não for aprovada eu vou ficar aqui para quê? Para apagar incêndio? Vou entrar para o Corpo de Bombeiros de Brasília. Não tenho apego a cargo”, afirmou.

Paulo Guedes ressaltou que desde a campanha que antecedeu as eleições é questionado sobres os motivos do apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, sempre teve o apoio de Bolsonaro para defender medidas econômicas para recuperar a economia brasileira.

“Acredito na dinâmica virtuosa da nossa democracia. Tenho certeza de que os partidos e os Três Poderes cumprirão o seu papel. Não tenho dúvidas disso. O presidente sempre me apoiou nas medidas sugeridas para resolver os problemas para o Brasil. Se o presidente e ninguém quiser eu vou obstaculizar o trabalho de vocês?”, completou.

Para o ministro, é preciso aprovar a reforma da Previdência: “Se não fizermos [a reforma], vamos condenar nossos filhos e netos, por nosso egoísmo, nossa incapacidade de fazer um sacrifício.”