Ministro Antonio Imbassahy, do PSDB, pede para sair do governo

Antonio Imbassahy, do PSDB),entregou nesta sexta-feira (8) sua carta de demissão ao presidente Michel Temer do cargo de ministro da Secretaria de Governo.

Deputado federal que havia se licenciado do mandato para ocupar o cargo no governo, Imbassahy não explicou o motivo da saída, apenas citou “novas circunstâncias no horizonte”. Com sua saída do governo, ele retoma sua vaga na Câmara dos Deputados.

“Agora, senhor presidente, novas circunstâncias se impõem no horizonte. Agradeço ao meu partido, o PSDB, que entendeu que, após trabalhar pelo impeachment [da ex-presidente Dilma Rousseff], e por coerência com a sua história, não poderia se omitir nesse processo de recuperação do país”, disse, em carta.

Temer, por sua vez, agradeceu o tucano “pelo que fez pelo nosso governo e pelo País”.

O nome do deputado Carlos Marun do PMDB circula no Palácio do Planalto como provável substituto na Secretaria de Governo. A escolha, no entanto, ainda não é oficial. Marun tem sido um dos principais articuladores de Temer na Câmara dos Deputados. Na cerimônia da posse do ministro Alexandre Baldy nas Cidades, no final de novembro, o Planalto chegou a anunciar a troca na Secretaria de Governo. Depois recuou.

Aliado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso no âmbito da Operação Lava Jato, Marun ficou famoso nas redes sociais depois de celebrar com uma “dancinha” o barramento da segunda investigação contra Temer.

Imbassahy é o segundo tucano a deixar o governo. Antes, Bruno Araújo pediu demissão do cargo de ministro das Cidades em meio a rumores sobre uma possível reforma ministerial que envolveria a saída de integrantes do PSDB da equipe de governo.

Permanecem na Esplanada dos Ministérios os tucanos Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

O PSDB já tem sinalizado que pode deixar a base do governo de Michel Temer, mas ainda não houve formalização. Neste sábado (9), membros do partido se reúne, em Brasília, para eleger seu novo presidente e os membros da Executiva. Durante a Convenção, há a expectativa para uma definição sobre a permanência ou não da legenda na base do governo.