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Ministério Público investiga caso de mãe que ‘fantasiou’ filho de escravo

A Promotoria de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente de Natal abriu, nesta terça-feira (30), uma investigação para apurar o caso de uma mãe que “fantasiou” o filho de escravo para um festa de Halloween.

O evento foi realizado em uma escola particular de classe média alta da cidade. A Polícia Civil também se posicionou e declarou que vai intimar a mulher.

Capturas de tela circularam desde a noite da última terça-feira (29) pelas redes sociais. Elas mostram uma criança branca “fantasiada” de um escravo negro para ir a uma festa de Halloween.

Mulher “fantasia” filho de escravo. Foto: Captura de tela/Instagram

Nas fotos, é possível ver uma criança com o corpo pintado com cores que imitam a pele negra. Ela está vestida com um pano branco na cintura e cabeça, além de uma corrente que prende pescoço e mãos. Nas costas, foram reproduzidas cicatrizes que lembram as marcas causadas por chicotes.

Com a repercussão negativa, a mulher apagou as postagens e, em seguida, publicou um pedido de desculpas. “Queria somente pedir desculpas pelo fato! Jamais foi minha intenção ofender alguém, estou extremamente arrependida por tudo que aconteceu e me sentindo MUITO mal com os xingamentos e as ameaças horríveis que estão me mandando. Desculpa a todos, do fundo do meu coração! #paz.”

Colégio diz não compactuar com expressão racista

O colégio onde a festa de Halloween foi realizada emitiu uma nota sobre o caso. A instituição diz que traje escolhido pela mulher “tocou numa ferida histórica do nosso país” e que amargam “sequelas desse triste período”. O colégio destaca, também, não compactuar “com qualquer tipo de expressão de racismo ou preconceito”. Leia a nota na íntegra:

“Lamentavelmente, a escolha do traje para a participação do Halloween, feita pela família do aluno, tocou numa ferida histórica do nosso país. Amargamos as sequelas desse triste período até os dias de hoje. Não incentivamos nem compactuamos com qualquer tipo de expressão de racismo ou preconceito, tendo os princípios da inclusão e convivência com a diversidade como norte da nossa prática pedagógica”, diz a nota.

Redação SRzd

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Tags: destaque-3NatalPromotoria de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente

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