Ministério da Saúde anuncia compra de R$ 100 milhões de doses da Coronavac

Eduardo Pazuello. Foto: Carolina Antunes/PR

Eduardo Pazuello. Foto: Carolina Antunes/PR

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou nesta quinta-feira (7) que comprará 100 milhões de doses da Coronavac. O governo assinou um contrato com o Instituto Butantan que prevê o fornecimento de 46 milhões de doses até abril e outras 54 milhões até o final de 2021.

De acordo com Pazuello, a produção do Butantan será incorporada ao Plano Nacional de Imunização, para distribuição em todo o país. Cada Coronavac será comprada por pouco mais de US$ 10. A vacina, desenvolvida pelo instituto brasileiro em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, teve 78% de eficácia nos testes clínicos feitos no Brasil.

“Saúde não pode ter bandeira, partido e ideologia. É uma guerra contra a Covid-19 e precisamos usar todas as armas. Nós nunca abandonamos as negociações com o Butantan. Ela vem em paralelo. Hoje nós assinamos com o Butantan a compra de 100 milhões de doses até o fim do ano”, declarou o ministro em coletiva de imprensa.

Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não compraria a Coronavac. Na época, Pazuello disse que “um mandava e o outro obedecia”.

354 milhões de doses para 2021

Segundo o ministro, o governo também negocia a compra das vacinas da Johnson & Jonhson, da Pfizer e da Moderna, e já tem 354 milhões de doses garantidas para 2021, sendo:

– 2 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca importadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);
– 100,4 milhões de doses da Fiocruz/AstraZeneca até julho (produção nacional com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado;
– 110 milhões da Fiocruz/AstraZeneca (produção integral nacional) de agosto a dezembro;
– 42,5 milhões (provavelmente da AstraZeneca) a serem adquiridas por meio do mecanismo internacional Covax/Facility;
– 100 milhões de doses do Instituto Butantan.

Início da vacinação

Pazuello afirmou que o Brasil está pronto para iniciar a vacinação contra a Covid-19, apesar da falha na aquisição de seringas. A data certa, porém, ainda não está definida. Segundo o ministro, isso dependerá dos registros e da produção das vacinas.

“Primeiro período, até o dia 20 de janeiro, na melhor hipótese. Contamos aí com as vacinas do Butantan — caso a Anvisa nos dê a autorização de uso —, contamos com as vacinas importadas da AstraZeneca — caso tudo isso aconteça da maneira correta e a Anvisa nos dê a capacidade de uso. Na hipótese média, estaríamos do dia 20 de janeiro ao dia 10 de fevereiro. Contamos aí com as vacinas produzidas no Brasil, tanto no Butantan quanto na Fiocruz. E na hipótese mais alongada, a partir do dia 10 de fevereiro até o começo de março, que seria caso os registros e produção tenham quaisquer percalços.”










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