Militares prometem reação ‘mais dura’ caso CPI cite suspeitas de corrupção nas Forças Armadas

Forças Armadas. Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Membros das Forças Armadas afirmaram que “não aceitarão serem desrespeitados” pela CPI da Covid-19. Ouvidos pela coluna da jornalista Bela Megale, no jornal “O Globo”, eles disseram que as próximas manifestações podem ter respostas mais críticas, sem detalhar quais respostas seriam essas.

O Ministério da Defesa e os comandantes das três Forças (Exército, Marinha e Aeronáutica) reagiram às declarações do presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz), e emitiram um comunicado, na noite desta quarta-feira (7), repudiando as falas do senador que associam alguns militares a denúncias de corrupção no Ministério da Saúde.

Durante o depoimento do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, Aziz disse que alguns militares devem estar “envergonhados”.

Isso porque a CPI apura irregularidades na compra de vacinas que envolveriam militares, como no caso de Dias, acusado de pedir propina em um jantar com a presença de um coronel da reserva do Exército.

Além disso, Dias, durante sua oitiva, atribuiu ao ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco, a responsabilidade na negociação de vacinas. Há ainda evidências de irregularidades durante a gestão do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que é general da ativa.

Parlamentares de diversos partidos reagiram, em postagens nas redes sociais, aos possíveis ataques dos militares, que prometem reação “mais dura” contra o Congresso se membros do Legislativo denunciarem agentes das Forças Armadas envolvidos em atos de corrupção.

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