Médico é investigado por ter estuprado cerca de 30 pacientes

Médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Foto: Reprodução/TV Globo

Médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Foto: Reprodução/TV Globo

O médico Giovanni Quintella Bezerra pode ter estuprado cerca de 30 pacientes. Ele foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11), por estupro de vulnerável de uma paciente sedada, durante uma cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Segundo o G1, a Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando os casos. “São relatos ainda. Precisamos investigar. São 30 já identificadas como possíveis”, declarou delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, Bárbara Lomba.

“Hoje nós aguardamos aqui duas possíveis vítimas. Há muitos indícios de que elas tenham sido vítimas realmente, porque foram operadas no dia 10 de julho, antes daquela vítima que está nas imagens. Já temos informações de que elas foram sedadas, possivelmente desnecessariamente”, revelou Lomba.


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Para a delegada, a repetição do crime praticado pelo anestesista é porque ele tinha a sensação de que não seria punido.

“Ele não achou que houvesse uma audácia e uma coragem muito [grande] da equipe de enfermagem de fazer essa gravação, jamais contou com isso e há toda uma circunstância de posição dentro de um hospital. Ele contava que não fosse ser pego, tanto que se surpreendeu quando foi dito a ele que havia uma imagem, na hora ele não disse nada e depois se calou e não quis mais falar”, afirmou.

O médico Giovanni Quintella Bezerra está preso desde terça-feira (12) na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, para onde são levados os custodiados com nível superior. Por medida de segurança, ele está isolado em uma cela da galeria F da unidade e na quarta-feira (13), ao chegar, foi hostilizado por outros presos que reagiram batendo nas grades das celas e xingando.

“Toda essa ação criminosa é repugnante. Algo que não imaginávamos que pudesse acontecer, porque foi um abuso, inclusive de poder, de uma posição do agressor que estava com toda a legitimidade e utilizava dessa posição de que a priori não seria suspeito. Mais abominante ainda é a vítima estar totalmente indefesa na mão de uma pessoa que é um profissional de saúde, no qual se deposita confiança extrema. Uma das maiores confianças que podemos depositar é na mão de um médico, ainda mais em uma cirurgia”, completou Lomba.

* Com informações da Agência Brasil

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