Medicamentos 10% mais caros; veja seis dicas para minimizar os impactos

Remédios. Foto: Reprodução de Internet

Remédios. Foto: Reprodução de Internet

Desde o início de abril as pessoas que frequentam as farmácias já estão percebendo uma triste realidade com o aumento dos medicamentos, notícia nada positivas para quem precisa de medicamentos nesse período de crise sanitária e financeira. Foi publicada, no último dia 31 de março, a Resolução CM-CMEF nº 1 que definia os ajustes nos preços dos produtos farmacêuticos para o ano de 2021.

Essa definição vale desde 1º de abril de 2021, a partir da qual já podem ser aplicados esses novos valores. Com isso, o ajuste máximo de preços permitido será o seguinte: Nível 1: 10,08%; Nível 2: 8,44%, e Nível 3: 6,79%.

Os níveis são definidos levando como base a concentração de mercado. Em contrapartida, dados apontam que a população continua adquirindo em grande ritmo e, em alguns casos até mesmo aumentou a procura de produtos ligados à pandemia, como é o caso das vitaminas, antigripais e produtos de higiene e proteção.

Assim, a pergunta que fica é: O que fazer na situação atual? Mesmo tendo os medicamentos preços tabelados é possível economizar nessas comprar. Uma coisa que poucas pessoas sabem é que se tabela apenas o valor máximo dos medicamentos, mas o mínimo as farmácias podem estabelecer de acordo com suas estratégias comerciais.

Para auxiliar os consumidores, veja orientações sobre como economizar:

1. Pesquise preços

Não estou falando para ir em diversas farmácias, agora não é hora, mas a maior parte das farmácias fornecem valores pela internet ou mesmo aplicativos e WhatsApp, é interessante pesquisar, pois os preços são realmente muito diferentes, sem contar que no final das contas uma drogaria pode cobrir o preço da concorrência. Aconselho que o consumidor faça um cadastro de fidelidade e participe de programas de aquisição de medicamentos, pois a prática pode resultar em descontos futuros. Consultar comparadores de preços online também é uma boa saída.

2. Cuidado com as armadilhas das farmácias

As farmácias estão planejadas para levar as pessoas a comprarem mais, principalmente os chamados não medicamentos e medicamentos isentos de prescrição, todo o trajeto em uma farmácia organizada levam à compra de produtos que não são prioritários. Por isso, todo cuidado é pouco, compre somente o necessário e evite produtos que não são seu foco e que não sejam os produtos fins das drogarias, como balas e chocolates, pois geralmente poderia comprar esses produtos no outro lado da rua pela metade do preço.

3. Prefira genéricos

Na grande maioria das vezes os medicamentos genéricos são mais em conta, assim a orientação é sempre buscar por essa alternativa nas farmácias e quando o médico for elaborar a prescrição, solicite que coloque o princípio ativo em vez da marca. Pesquise também entre laboratórios, pois os preços são variados.

4. Cadastre-se no programa Farmácia Popular

Muitas farmácias possuem um programa governamental chamado Farmácia Popular, esse oferece medicamentos gratuitos de hipertensão, diabetes ou asma para pessoas que possuem cadastro e receita. O programa também possibilita descontos de até 90% mais baixos. É necessário apenas ir a uma farmácia credenciada, apresentar a receita – que não precisa ser de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) – e a identidade para conseguir pegar medicamentos com desconto.

5. Utilize programas de fidelidade

A grande maioria das farmácias possui programas de fidelidades com grandes benefícios. Mas além disto existem os programas dos laboratórios, faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas farmácias, gerando economia de até 70%. Veja se sua empresa, plano de saúde, sindicato ou associação de classe profissional não possui parceria com alguma rede.

6. Remédios gratuitos pelo SUS

É possível retirar gratuitamente alguns medicamentos disponibilizados pelo Ministério Público em Unidade Básica de Saúde (UBS), desde com a receita e o documento de identidade em mãos. Lembrando que no meio da pandemia existem casos de agendamento prévio para retirada de medicamentos e a possiblidade de terceiros retirarem com uma procuração.

* Artigo de autoria de Reinaldo Domingos, PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. É autor do best-seller “Terapia Financeira”, do livro “Por que enfrentamos crises e não estamos preparados”, e da primeira Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil.

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