Marielle Franco foi executada por tiros de submetralhadora e não de pistola

A Polícia Civil concluiu que os tiros que executaram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes, no dia 14 de março no Rio, foram disparados por criminosos com uma submetralhadora 9 milímetros, e não por uma pistola, como apontou a apuração inicial.

Segundo informações reveladas pelo programa “Domingo Espetacular” da RecordTV, foi utilizado ainda um supressor de ruído na arma para minimizar o som dos disparos. A arma HK MP5 é de fabricação alemã e mais utilizada por tropas de elite.

Inicialmente, se considerou que as balas recolhidas eram de pistolas 9 milímetros, com lotes de munição vendidos para a Polícia Federal. Projéteis recolhidos do automóvel onde estavam Marielle e Anderson ajudaram a confirmar as informações. Tanto submetralhadoras como pistolas podem usar munição 9 milímetros.

De acordo com o telejornal, outra falha da investigação dos assassinatos foi abandonar o veículo de Marielle no pátio da delegacia de homicídios por 40 dias sem que todos os exames laboratoriais estivessem completos. Vestígios importantes para a investigação, diz a reportagem, podem ter sido perdidos.

Além disso, a perícia pode ter cometido mais um erro: os corpos das vítimas não teriam passado por exame de raio x para identificar a trajetória das balas porque o Estado não teria um equipamento disponível.

Na quinta-feira (10), está prevista a reconstituição do crime no local onde os dois foram mortos, no centro do Rio. Mais de 50 dias após as execuções, ainda não há linhas de investigação divulgadas ou suspeitos apontados como mandantes ou executores dos assassinatos.

Quinta vereadora mais votada nas últimas eleições municipais do Rio, Marielle Franco, conhecida por seu trabalho em defesa dos direitos humanos, foi atingida por 4 tiros na cabeça após ter participado de um ato político.