Lula diz que não considera Moro candidato: ‘sem toga não vale nada’

Montagem com fotos do ex-presidente Lula e do ex-juiz Sérgio Moro. Fotos: Divulgação/PT e Tânia Rego/Agência Brasil

Em entrevista a rádio Banda B, de Curitiba, nesta terça-feira (15), o ex-presidente Lula minimizou a candidatura do ex-juiz Sergio Moro, pelo Podemos,  e declarou que “nem sequer considera Moro candidato”.

“Ele [Moro] foi uma invenção. Um boneco de barro criado pela mídia brasileira que está desmoronando. Eu não considero ele [Moro] nem candidato. O papel dele está sendo tão ridículo que eu quero que ele apareça mais. Eu quero que ele seja desnudado da toga. Aquele homem sem toga não vale nada”, afirmou o petista.

“Esse cidadão sempre teve a pretensão de ser político. Ele sempre teve a pretensão de sair da mediocridade enquanto ele é como pessoa humano para ganhar notoriedade na política. E agora ele tem uma chance. Ele não vai ter mais unanimidade na imprensa, não vai ser capa de todas as revistas, não vai ganhar dinheiro para palestrar. Nós tivemos cinco anos de Moro aparecendo de forma favorável e o Lula de forma desfavorável. Agora ele pode provar o que ele é. Porque quando ele era juiz ele não respondia nenhuma pergunta”, completou Lula.

Pelas redes sociais, Sergio Moro reagiu às declarações do ex-presidente dizendo que “não preciso da toga para enfrentar ninguém”.

“O destempero do Lula confirma o que sempre pensei: ele tem medo da Lava Jato e do que o meu projeto representa. Não preciso da toga para enfrentar ninguém. A verdade basta”, escreveu o ex-juiz e ex-ministro de Jair Bolsonaro.

Lula reafirma aval a Alckmin

Na mesma entrevista, Lula reafirmou seu aval ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin como seu companheiro de chapa: “Falta eu me definir como candidato e Alckmin escolher partido”. No momento de crise das relações do PT com o PSB para a composição da Federação e da aliança eleitoral, Lula não citou o nome do partido.

Lula afirmou ainda: “Se o Alckmin como meu vice me ajudar a governar, não vejo nenhum problema dele ser meu vice. As divergências serão colocadas de lado, porque o desafio, mais que ganhar, é consertar o Brasil”.

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