Lula não aceita usar tornozeleira eletrônica: ‘Não sou ladrão nem pombo correio’

Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Reprodução

Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Reprodução

Durante entrevista realizada nesta quarta-feira (5), para os sites Diário do Centro do Mundo (DCM) e Tutaméia, na sede da superintendência das Polícia Federal em Curitiba, Lula foi questionado sobre a possibilidade de usar tornozeleira eletrônica, no caso de deixar a prisão.

“Posso dizer para você uma coisa do fundo do meu coração? Talvez os meus advogados nem gostem do que eu vou falar, talvez alguns companheiros meus não gostem do que eu vou falar: tornozeleira é para ladrão e para pombo correio. Eu não sou nem ladrão e nem pombo correio. Vamos deixar claro”, disse Lula.

“Se um cidadão é safado, é ladrão, é corrupto, se ele roubou, pode colocar até uma pescoceira, mas não venha querer colocar tornozeleira em um homem honesto, que eu não aceito. Eu não aceito um minuto de condenação”, acrescentou o ex-presidente.

Lula voltou a criticar o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro: “Tenho fé em Deus que vou provar que o Moro é mentiroso. O Moro é resultado do que a Globo resolveu fazer com a Lava Jato. Quase tudo que tem na Lava Jato foi lei feita no nosso governo. Eu acho maravilhoso quando um rico vai para a cadeia, quando um cara importante que roubou vai para a cadeia. Mas deve ir para a cadeia se roubou. Provou, vai para a cadeia”.

Lula, Palocci e Paulo Bernardo viram réus acusados de receber propina da Odebrecht

O juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público e tornou réus o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-ministros Antônio Palocci e Paulo Bernardo e o empresário Marcelo Odebrecht.

Na acusação em que se tornaram réus nesta quarta-feira (50), Lula, Palocci e Paulo Bernardo são suspeitos de terem recebido propina da construtora Odebrecht em troca de favores políticos.

De acordo com a acusação, a empreiteira prometeu a Lula, em 2010, R$ 64 milhões para ser favorecida em decisões do governo. De acordo com o Ministério Público Federal, o dinheiro teria sido colocado à disposição do PT.

Condenado em duas ações penais nas quais ainda cabem recursos, Lula é réu, atualmente, em sete processos. Em um desses processos, é suspeito de tráfico de influência no BNDES para beneficiar a Odebrecht.

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