Ludhmila Hajjar, cotada para o Ministério da Saúde, relata ameaça de morte

Ao confirmar que recusou o convite feito no último sábado (13) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o Ministério da Saúde, a médica cardiologista Ludhmila Hajjar afirmou nesta segunda-feira que sofreu ameaças de morte após ter sido cotada para a pasta.

Hajjar disse que teve o número de seu celular divulgado em grupos de WhatsApp e passou a receber diversas mensagens ofensivas, além de ter sido perseguida dentro do hotel em que estava hospedada:

“Eu tive meu celular publicado em grupos de WhatsApp e [sofri] duas tentativas de entrada no quarto de hotel. Coisas absurdas”, contou Ludhmila. A médica afirmou ter ficado “um pouco assustada”, mas disse que esse não foi o motivo de ter recusado o convite: “Eu não tenho medo. São pessoas radicais, que estão polarizando o Brasil”, disse.

Ao falar da recusa destacou que não houve consenso entre as partes: “Infelizmente, acho que esse não é o momento para que eu assuma a pasta, principalmente por motivos técnicos. Eu sou médica, cientista, tenho todas as minhas expectativas em relação à pandemia. Eu acho que isso está acima de qualquer ideologia, essa é a minha posição. Eu fiquei honrada com o convite, mas pautei minha vida toda na ciência”, disse Hajjar em entrevista à CNN.