Lorena Vieira, mulher do DJ Rennan da Penha, denuncia racismo em agência do banco Itaú

Lorena Vieira e Renan da Penha. Foto: Reprodução/Twitter

Lorena Vieira e Renan da Penha. Foto: Reprodução/Twitter

A influenciadora digital Lorena Vieira, mulher do DJ Rennan da Penha, denunciou pelo Twitter ter sido vítima de racismo dentro de uma agência do banco Itaú. “Fui retirada do banco Itaú pela Polícia Civil. Humilhada e esculachada. Por minha conta receber um bom dinheiro e, segundo eles, é fraude e mais várias coisas. Meu dinheiro está preso e eu quase fui presa por nada! Não é porque eu sou preta e humilde que eu sou criminosa!”, escreveu Lorena, que havia ido à agência para desbloquear um cartão e sacar R$ 1.500.

“Me fizeram esperar até o banco fechar, dizendo q estavam resolvendo meu problema é chamaram a Polícia?”, questionou.

“Eu fui ao banco tirar um dinheiro e desbloquear um cartão, porque perdi cartão e o outro não chegou na minha casa. Eu tive que ir lá buscar. Chegando lá, deu que estava bloqueado. Aí elas (as funcionárias) começaram a falar ‘ah, o banco pode achar que é fraude, que você é laranja’ e me deixaram lá esperando. Elas (as funcionárias) estavam falando que ‘entrou uma quantidade de dinheiro e a gente não sabe de onde vem’. Eu fiquei sem entender. Eles começaram a cochichar, os funcionários do banco começaram a me olhar. Eu não estava entendendo. A funcionária falou para a gente esperar um pouco e saiu. Ela não voltou mais, quem voltou foi a Polícia Civil. Três policiais, falando para eu ir para a delegacia”, contou a influenciadora em entrevista ao G1.

Na delegacia, Lorena rasgou sua identidade após explicação de um agente. “Eu até rasguei minha identidade, porque o policial falou que era quase impossível saber se era eu, porque o meu cabelo estava liso, falou que era pra eu jogar minha identidade fora e fazer outra com o meu cabelo natural. Aí eu rasguei. Se é uma pessoa branca que tem o cabelo alisado e depois deixa encaracolar, ninguém faria isso”, disse ao site.

O Banco Itaú se pronunciou em nota:

“O Itaú Unibanco lamenta e se desculpa pelos transtornos causados a Lorenna Vieira nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e vem tentando contato com ela para resolver a situação. O Itaú Unibanco esclarece que o procedimento adotado na agência é padrão em casos de suspeita de fraude, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero. O objetivo era proteger os recursos de Lorenna de possível fraude, uma vez que já havia um bloqueio preventivo de sua conta corrente e era difícil identificá-la com o documento apresentado no caixa. O Itaú Unibanco acredita que toda forma de discriminação racial deve ser combatida”.

Pelo Twitter, Lorena questionou o “procedimento padrão” do Itaú. “Procedimento padrão? Dizer que está resolvendo meu problema, me fazer esperar até depois do horário de fechar o banco. Não me informar o que estava acontecendo, mentir pra me prender lá, não deixar eu sair e chamar a Polícia Civil? Isso é procedimento padrão? Não poderia ser de outro jeito? De um jeito mais humano? Me contar o que vocês estavam pensando sobre mim? O jeito era simplesmente chamar a Polícia Civil para eu ser retirada dali como uma criminosa, humilhada? Ah não, agora sim fiquei puta!”







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