Kim Jong-un recebe ‘moção de louvor’ na Câmara do Rio

Kim Jong-un. Foto: Redes Sociais

Kim Jong-un. Foto: Redes Sociais

O líder da República Popular da Coreia do Norte, Kim Jong-un, recebeu uma Moção de Louvor na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

A homenagem foi requerida pelo vereador Leonel Brizola Neto do PSOL que também contemplou o regime comunista daquele país. No texto apresentado pelo político, foi destacado o comando de Kim e a reaproximação das Coreias.

“Por todo esforço de seu povo e de seu Máximo Dirigente, Excelentíssimo Senhor Kim Jong-un, na luta pela reunificação da Coreia e a necessária busca da paz mundial”, diz a Moção de Louvor e Reconhecimento, datada do dia 29 de novembro.

A homenagem ganhou repercussão nesta quinta-feira (12) e gerou polêmica nas redes sociais. O PSOL foi parar no topo dos assuntos mais comentados do Twitter. Parlamentares da legenda criticaram a moção.

Na Coreia do Norte, a agência estatal KCNA divulgou nota em que destaca o recebimento da “Moção de Louvor e Reconhecimento” feita ao “Líder Supremo, Kim Jong-Un”.

A KCNA também afirmou que a homenagem por “sua contribuição à reunificação independente da Coreia, à paz e à segurança no mundo e a seus feitos para esmagar as sanções hostis impostas por forças violentas para abalar a Coreia do Norte, além de fornecer felicidade ao povo”.

Segundo reportagem de Felipe Barini, do jornal “O Globo”, que trouxe a moção à tona, o reconhecimento foi entregue ao norte-coreano em evento que homenageou também o embaixador da Coreia do Norte no Brasil, Kim Chol-hok. O ato foi organizado pelo Centro de Estudos da Política Songun do Brasil, que estuda as bases da doutrina que governa o país asiático.

Ao rebater as críticas, o vereador Brizola Neto afirmou em nota que não se pode isolar e discriminar a Coreia do Norte e diz que a moção “foi motivada pelas conversas de paz estabelecidas na Península ao longo do ano de 2019”

Confira a nota na íntegra:

“A Moção concedida ao embaixador da República Popular Democrática da Coreia foi motivada pelas conversas de paz estabelecidas na Península ao longo do ano de 2019.

A unificação e desnuclearização da região é de interesse global. Não faz bem para o mundo isolar e discriminar a RPDC, pelo contrário, com base na autodeterminação dos povos, é vital que tenhamos boas relações com Pyongyang e que possamos usar o histórico de paz e concórdia que o Brasil acumulou através dos tempos para contribuir nesse processo de pacificação.

No momento em que o Itamaraty se encontra acéfalo, os poderes legislativos, municipal e estadual, ganham grande importância na pasta de Relações Internacionais, principalmente a cidade do Rio de Janeiro que está sempre de braços abertos para todos.

Não nos surpreende a deturpação provocada pela matéria do jornal O Globo, vinte dias depois da entrega da Moção, insinuando que defendemos violações de direitos humanos. Pelo contrário, a tradição trabalhista e brizolista, na qual faço parte, preza pela defesa intransigente dos Direitos Humanos, diferente da Globo, que sempre esteve ao lado de regimes ditatoriais e de interesses imperialistas que nunca respeitaram a autodeterminação dos povos e a democracia”.

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