Justiça autoriza quebra do sigilo bancário de Flávio Bolsonaro e Queiroz

Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução de Internet

Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução de Internet

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) autorizou a quebra de sigilo do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, e de seu ex-assessor, o ex-policial militar Fabrício Queiroz. Também serão alvo da decisão a mulher de Flávio, Fernanda Bolsonaro, a empresa de ambos, Bolsotini Chocolates e Café Ltda, as duas filhas de Queiroz, Nathalia e Evelyn, e a mulher do ex-assessor, Marcia.

O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e autorizado em 24 de abril de 2019, mas vinha sendo mantido em sigilo até esta segunda-feira (13), segundo o jornal “O Globo”.

A decisão é de autoria do juiz Flávio Nicolau, que afirmou, no documento, que o afastamento do sigilo é “importante para a instrução do procedimento investigatório criminal” instaurado contra os investigados.

A quebra de sigilo bancário foi autorizada no período que vai de janeiro de 2007 a dezembro de 2018. A Justiça também autorizou a quebra do sigilo fiscal dos investigados, entre 2008 e 2018.

As investigações conduzidas pelo MP-RJ tiveram origem em relatório produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentações atípicas em contas de Fabrício Queiroz . O documento indicou que o ex-assessor parlamentar de Flávio recebia, sistematicamente, transferências bancárias e depósitos feitos por oito funcionários que trabalharam no gabinete do então deputado na Alerj. Os valores suspeitos giram em torno de R$ 1,2 milhão.

Entre as movimentações financeiras atípicas registradas pelo Coaf , há também a compensação de um cheque de R$ 24 mil pago à primeira-dama, Michelle Bolsonaro, além de saques fracionados em espécie no mesmo valor dos depósitos suspeitos feitos nas respectivas vésperas.

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