Nesta reportagem será possível ver quantos jornalistas foram demitidos em São Paulo, o principal centro econômico do país, sem contar outras capitais, e quais os veículos de comunicação onde a crise bateu mais forte. Mas, antes, vamos contextualizar o que está acontecendo no Brasil.
O ano de 2016 foi perverso para o trabalhador. O agravamento da crise política e econômica que ainda persiste no Brasil já podia ser percebida no primeiro semestre. O Brasil teve a maior taxa de desemprego entre os países da América Latina nos primeiros seis meses deste ano, com 12,4%, alta de 3,5 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2015, segundo relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) .
É preciso aguardar o levantamento dos 12 meses deste ano para sabermos exatamente quantas pessoas perderam seus empregos no país. O número mais repetido é que 12 milhões de pessoas estão em busca de alguma oportunidade.
Na área de Comunicação se pode perceber que as demissões nos últimos 3 anos são motivo de preocupação. Só no Jornalismo, numa única categoria, – e justamente a que tem o dever de informar a sociedade sobre a saúde da economia do país -, tem batido a casa de mais de 1.000 pessoas dispensadas, só em São Paulo.
Os dados completos sobre as homologações realizadas no Sindicato dos Jornalistas de 2014 a 2016, obtidos pelo SRzd, comprovam que as demissões foram generalizadas.
A tabela desta reportagem aponta a realidade de sindicalizados ou não (inclui também o profissional que não está associado ao Sindicato. Se ele tiver trabalhado mais de 1 ano com registro, a homologação ocorre com o acompanhamento da entidade da categoria).
No entanto, a planilha não inclui os chamados “pejotizados”, que mantém relação pessoa jurídica com os veículos empregadores. E não são poucos. Eles representam um grande número de profissionais que, infelizmente, sofrem demissões, mas, pela natureza desse tipo de relação de pessoas jurídicas, não há facilidade do Sindicato ter um dado oficial.
A estimativa do Sindicato é que o número de demissões seja de 20% a 30% maior do que apontam as planilhas (até 22/12), pois os profissionais com menos de um ano de trabalho numa empresa não são homologados pela entidade.
A reengenharia na área de Comunicação é grande e existem outros fatores para que isto aconteça. Veja no meu comentário o que, acredito, esteja acontecendo:
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