Joice Hasselmann pretende acionar filhos de Bolsonaro na Justiça

Joice Hasselmann. Foto: Reprodução

Ex-líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann afirmou que pretende acionar na Justiça o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro caso “não cessem” os ataques contra ela nas redes sociais.

“Os ataques são por orientação dos ‘filhotes’. Eles têm o mesmo modus operandi de sempre. Criam memes e vídeos apócrifos e espalham nos grupos e páginas. Alguns perfis são fakes. Há assessores envolvidos”, afirmou ao jornal “O Estado de São Paulo”.

Questionada sobre quem são esses assessores e por quem eles são pagos, Joice declarou que não iria “passar essa informação agora”, mas insistiu que pretende manter  o embate com Carlos e Eduardo na internet caso as provocações, segundo ela, continuem.

“Vou continuar enfrentando nas redes e, se preciso for, na Justiça e Conselho de Ética. Não tenho medo de marmanjos. Esses moleques precisam de camisa de força e são um risco para o Brasil e para o mandato do presidente da República”, completou.

Desde quando foi destituída da liderança do governo no Congresso, Joice Hasselmann acusa o governo e os filhos do presidente de usarem uma “milícia digital” para atacar desafetos políticos e a oposição.

De acordo com um levantamento feito pela consultoria Bites e divulgado pelo Poder360, Joice já perdeu 240 mil seguidores desde a última quinta-feira (17), uma queda de 4,7%. A estimativa é de que este número aumente para 400 mil até o fim da próxima semana.

Outros parlamentares, como o presidente do PSL, Luciano Bivar, a Prof. Dayane Pimentel (PSL-BA), Delegado Waldir (PSL-GO), Julian Lemos (PSL-PB) e Felipe Francischini (PSL-PR), que se posicionaram contra a família Bolsonaro, também vêm perdendo seguidores.

Joice Hasselmann foi escolhida líder do governo em fevereiro, pela indicação dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre , e tinha bom trânsito com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que no início do governo era responsável pela articulação política.

A retirada de Joice do cargo é mais um capítulo da crise interna do PSL, que se agravou com as declarações de Bolsonaro sobre o presidente do partido, deputado Luciano Bivar, em que disse que ele “estava queimado”.

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