Paraná Pesquisas recebeu R$ 13 milhões do governo Bolsonaro, afirma Janones

Deputado André Janones. Foto: Reprodução/Facebook/André Janones

Deputado André Janones. Foto: Reprodução/Facebook/André Janones

O Instituto Paraná Pesquisas recebeu 13 milhões de reais da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), órgão responsável pela comunicação do Governo Federal, que coordena um sistema que interliga as assessorias dos ministérios, das empresas públicas e das demais entidades do Poder Executivo Federal. A acusação foi feita pelo deputado federal e membro do grupo de transição de Comunicação Social, André Janones, do Avante.

“ATENÇÃO! Mais um escândalo descoberto aqui na transição: a SECOM enfiou 13 milhões de reais do dinheiro do povo na Paraná Pesquisas!”, escreveu ele no Twitter.

Sem apresentar mais detalhes, Janones apontou a existência de um esquema envolvendo dinheiro público nos ministérios para manter um projeto de poder.

“Existe uma quadrilha na SECOM que irriga todos os os ministérios com muito dinheiro pra manter um projeto de poder. Irão pra cadeia com Bolsonaro”, completou na postagem.


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Pente-fino na Secom

André Janones já havia declarado que a equipe de transição fará uma “ressonância” na Secom para tentar rastrear possíveis ligações da estrutura com o financiamento do chamado “gabinete do ódio”, milícia digital associada a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

O pente-fino apontado pelo político pretende identificar se o órgão usou dinheiro público para financiar veículos responsáveis pela disseminação de fake news e ataques à democracia.

“O presidente Lula usa a expressão “ressonância” né? É fazer uma ressonância do gabinete do ódio. Ao que tudo indica, quem financia, quem estrutura o gabinete do ódio é a Secom. Estamos tendo acesso a uma série de dados, de contratos extremamente suspeitos, e a ideia é seguir o fio desse dinheiro para tentar chegar aos verdadeiros financiadores dos gabinetes”, afirmou o deputado ao jornal “O Globo”.

Janones já declarou ter recebido informações de que a Secom gastou cerca de R$ 4,7 milhões com a compra de bandeiras para os atos do 7 de Setembro. À época, funcionários do Planalto foram flagrados entregando bandeiras do Brasil aos manifestantes.

Em resposta, a Secom afirmou, em nota, que as declarações do deputado são fruto de “uma leitura rasa, seguida de uma interpretação insipiente do contrato” e informou que “todos os contratos celebrados no âmbito da SECOM são precedidos por procedimentos licitatórios e executados em estrita conformidade com a legislação em vigor”.

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