Inflação acelera e presidente Temer fica preocupado

As dificuldades da equipe comandada pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles melhorar os indicadores da economia já acenderam o sinal amarelo do Palácio do Planato. E, desta vez, é o monstro de sempre que volta a assombrar: a inflação.

O IC-Br, indicador que mensura o preço das commodities em reais, apresentou alta de 6,22% em novembro, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Banco Central. A considerável aceleração do indicador em relação a outubro, quando havia subido 0,05%, refletiu a pressão de duas das três categorias que compõem o índice.

Merece destaque a elevação de 14,14% do preço das commodities metálicas, ante avanço de 0,57% no mês anterior.  O movimento foi explicado pelo forte ganho desses produtos no mercado internacional e pela depreciação cambial observada no mês passado.

No mesmo sentido, os preços dos produtos agropecuários saíram de uma deflação de 0,90% para uma alta de 4,97% no período. Em contrapartida, as commodities energéticas desaceleraram, ao passarem de uma elevação de 6,24% para outra de 2,15%.

Apesar da variação positiva do IC-Br em novembro, o índice acumula deflação de 5,20% neste ano e de 3,99% nos últimos doze meses. O mercado espera alta mais modesta do IC-Br em dezembro, diante dos menores avanços dos preços de commodities no exterior. Além disso, esperamos apreciação do câmbio no período, que deverá encerrar este ano cotado a R$/US$ 3,35.

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