Ibope aponta queda na aprovação de Bolsonaro: perda de três em cada dez apoiadores em dois meses

Jair Bolsonaro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A aprovação do governo de Jair Bolsonaro caiu pelo segundo mês seguido, de acordo com pesquisa divulgada pelo Ibopenesta quarta-feira (20).

O presidente brasileiro perdeu três de cada dez apoiadores do seu governo em apenas dois meses. A proporção de quem considera sua administração boa ou ótima caiu de 49% em janeiro para 39% em fevereiro e chegou a 34% em março.

O levantamento feito entre os dias 16 e 19 de março, mostra que Bolsonaro perdeu 15 pontos percentuais em 60 dias. O governo é considerado ótimo/bom por 34%, regular por 34% e ruim/péssimo por 24%. Outros 8% não sabem ou não responderam. Na pesquisa anterior, feita em fevereiro, Bolsonaro era ótimo/bom para 39%, regular para 30% e ruim/péssimo para 19% dos entrevistados. Na comparação com janeiro, a aprovação de Bolsonaro caiu 15 pontos. Era de 49% no primeiro mês de sua gestão.

Tanto a queda na avaliação positiva quanto o crescimento da avaliação negativa foram de cinco pontos percentuais –acima da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos.

Em comparação com outros presidentes eleitos, porém, o começo da passagem de Bolsonaro pelo Palácio do Planalto é o pior já registrado. Nos seus primeiros mandatos, Dilma, Lula, Fernando Henrique Cardoso e Collor sustentaram taxas mais altas do que os 34% de Jair Bolsonaro nos meses iniciais.

Em menos de três meses no cargo, Bolsonaro polarizou a confiança dos brasileiros. Se 62% dos entrevistados diziam confiar no presidente em janeiro, só 49% ainda confiam nele agora. Perda de 13 pontos. Ao mesmo tempo, a desconfiança saltou de 30% para 44%. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos, a confiança em Bolsonaro está a um ponto percentual de um empate técnico com a desconfiança (no limite, essas taxas são hoje de 47% e 46%, respectivamente).

O Ibope não pesquisou as razões que levam os brasileiros a avaliar bem ou mal o governo. As pesquisas divulgadas nesta quarta-feira pelo Ibope Inteligência foram pagas pelo próprio instituto.