O ‘não voto’ será o grande protagonista das eleições gerais de outubro de 2018, por Paulo Baía

Paulo Baía. Foto: Arquivo Pessoal

Paulo Baía. Foto: Arquivo Pessoal

O não voto será o grande protagonista das eleições gerais de outubro de 2018. De presidente da república até deputado estadual, passando por governador e senadores. Com base nos dados do TSE das eleições de 2016, da eleição extraordinária do estado do Amazonas em 2017 e das últimas eleições complementares que aconteceram em 3 de junho de 2018, podemos com uma certa segurança projetar que o não voto ( abstenção, nulos e brancos) vai se situar em um espaço entre 48% e 52% dos eleitores registrados.

Com este cenário, não existe espaço para renovações de espectros políticos e partidários. As eleições estarão espremidas entre a indignação e apatia do não voto e o comodismo dos votos definidos pelas diversas máquinas e arranjos políticos de militâncias que formam maquinetas eleitorais, do PSOL ao DEMOCRATAS.

Vamos ter muitos novos nomes para os cargos em disputa: ex-prefeitos para deputados estaduais e federais, deputados para as duas vagas do senado federal, lideranças comunitárias e sindicais para deputados e assim por diante. Registrando que todos os partidos e candidatos incorporaram o discurso da renovação da política.

Em outubro teremos uma consagradora vitória das forças eleitorais existentes hoje no parlamento e nos executivos estaduais, com algum troca troca de minorias que aumentam seu tamanho e maiorias preexistentes que se redimensionam. Retiro desde cenário as eleições presidenciais, que podem, com base nas pesquisas do IBOPE e do Datafolha, ter alguma surpresa com nomes conhecidos como Jair Bolsonaro, Marina Silva e Ciro Gomes. No mais, as máquinas e maquinetas venceram.

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