Governo libera R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares por reforma da Previdência

Sessão que aprovou a reforma da previdência. Foto: Lula Marques/Fotos Públicas

Sessão que aprovou a reforma da previdência. Foto: Lula Marques/Fotos Públicas

Como parte das articulações para concluir a votação da reforma da Previdência, o governo liberou, nesta quinta-feira (12), mais R$ 152,2 milhões em emendas parlamentares destinadas a ações de saúde nos municípios. São verbas indicadas por deputados e senadores para ser aplicadas em obras e projetos nas cidades.

Nos dois dias anteriores, o governo de Jair Bolsonaro já havia liberado R$ 1,5 bilhão através das emendas. Agora, a verba disponibilizada em três dias para a saúde nos municípios chega a R$ 1,7 bilhão.

De acordo com levantamento da ONG Contas Abertas, só nos primeiros cinco dias de julho, foram empenhados R$ 2,551 bilhões. A cifra é maior do que a observada em todo o ano até junho: R$ 1,77 bilhão. O valor também é o mais alto empenhado para meses de julho ao menos desde 2016. O empenho vale como uma garantia de que os recursos serão efetivamente liberados.

A liberação dos recursos foi uma promessa do governo aos parlamentares para aprovar a reforma da Previdência na Câmara. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, prometeu destinar R$ 10 milhões para cada deputado, inclusive novatos, pela votação da proposta na comissão especial, o que aconteceu na semana passada, e mais R$ 10 milhões pelo avanço no plenário. Outros R$ 20 milhões seriam entregues no fim do ano. Parlamentares veem nessas emendas, ao direcionar recursos para projetos em suas bases eleitorais, uma maneira de amenizar o desgaste com a votação da reforma.

A liberação de R$ 152,2 milhões nesta quinta-feira se deu por meio de cinco portarias em uma edição extra do “Diário Oficial da União”. Ao todo, 326 propostas foram autorizadas para municípios de 15 estados e no Distrito Federal.

O texto principal da reforma foi aprovado em primeiro turno na última quarta-feira . Foram 379 votos a favor e 131 contrários. Ainda é preciso concluir a votação de destaques (propostas para alterar a reforma) antes de votar o texto em segundo turno.

Comentários

 




    gl