O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou ao site “Jota” que a liberação de emendas orçamentárias de sua pasta para os parlamentares foi um esforço para a aprovação do fim da Previdência Social.
A declaração do ministro, em plenário da Câmara nesta terça-feira (9), desmente o discurso adotado por Bolsonaro na campanha eleitoral de que iria acabar com o chamado “toma lá dá cá” na política. O governo ofereceu a cada parlamentar fiel um lote extra de R$ 20 milhões de emendas (em um total de mais de R$ 3 bilhões).
O Executivo também acelerou o empenho – registro oficial de que pretende executar aquele gasto – das emendas ordinárias, segundo mostrou a coluna Painel nesta terça-feira (9). Foi liberada uma cifra de quase R$ 1 bilhão na véspera da votação, tudo relacionado à pasta da Saúde.
Parlamentares da Bancada do PT na Câmara dos Deputados protocolaram na Procuradoria-Geral da República uma representação pedindo investigação do presidente Jair Bolsonaro e dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia) pela compra de votos.
Trata-se de um “grave abuso do poder político e financeiro, às custas do Erário, devendo ser obstado imediatamente para que o próprio sistema democrático e a lisura do pleito não sejam antecipadamente comprometidos”, diz a peça enviada à procuradora-geral Raquel Dodge. “Trata-se de um comportamento imoral, ilegal e inconstitucional”, afirmam os deputados.
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