Golpistas invadem prédios do Congresso, Planalto e STF

Um grupo de golpistas furou o bloqueio da polícia na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, neste domingo (8). A polícia chegou a usar bombas de gás lacrimogêneo, mas os bolsonaristas conseguiram entrar nos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. O presidente Lula não está em Brasília. Ele foi a Araraquara (SP) para avaliar os impactos das chuvas na região.

O grupo de extrema-direita, que pede intervenção militar e prisão do presidente Lula, havia convocado atos violentos na capital federal para segunda-feira (9). Eles estavam acampados em frente ao quartel do Exército.

Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e atual secretário de Segurança Pública do Governo do Distrito Federal, Anderson Torres, que se encontra nos Estados Unidos, disse, via Twitter, ter determinado ao setor de operações “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”.

O chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, disse nas redes sociais, que tem certeza que a maioria dos brasileiros quer união e paz para que o Brasil siga em frente. “Essa manifestação é de uma minoria golpista que não aceita o resultado da eleição e que prega a violência. Uma minoria violenta, que vai  ser tratada com o rigor da lei”.

Presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco disse repudiar “veementemente esses atos antidemocráticos”, que, segundo ele, deverão “sofrer o rigor da lei com urgência”. A Polícia Legislativa também está no local, na tentativa de conter a invasão.

“Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação”, disse Pacheco.

No sábado (7), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública para atuar na capital federal, entre a Rodoviária do Plano Piloto e a Praça dos Três Poderes. Segundo a pasta, a medida foi adotada “em razão das manifestações políticas no centro da capital federal”.

Prevista na Portaria 272/2023 assinada no sábado, o emprego da Força Nacional visa garantir a ordem pública e os patrimônios públicos e privados, “em caráter episódico e planejado, nos dias 7, 8 e 9 deste mês de janeiro”, em meio à chegada de alguns ônibus com manifestantes contrários ao resultado das eleições.

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