A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou em Curitiba que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sairá da prisão por uma medida jurídica e que o caso depende de uma saída política.
Um dia após o presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli, derrubar liminar que permitia a soltura do petista, a dirigente afirmou que o STF não pode ficar à reboque do governo do futuro presidente Jair Bolsonaro:
“A saída do caso dele não é uma saída jurídica. Tentou-se de tudo que pode no mundo jurídico. É uma saída política, e está ficando cada vez mais claro que a prisão é política”, disse nesta quinta-feira (20), durante entrevista coletiva.
Gleisi contou aos jornalistas que o ex-presidente não acreditava que pudesse ser solto ontem e que o partido vai fazer uma “luta política” para buscar a liberdade de Lula, condenado e preso desde 7 de abril na Polícia Federal de Curitiba.
O PT atribuiu a decisão de Toffoli a uma suposta pressão, tendo como principal agente o governo eleito: “Se o Supremo ficar, em relação ao governo, ao Executivo, a reboque, suscetível a pressão, vai ser muito ruim para o País e para a nossa democracia”, alertou.
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