Forças Armadas: TCU aponta 143% de superfaturamento na compra de Viagra

Dinheiro público pelo ralo. Não bastasse a perplexidade da sociedade brasileira diante da compra de Viagra para as Forças Armadas no governo anterior, ainda há constatação de desperdício.

O TCU, Tribunal de Contas da União, concluiu que houve superfaturamento na compra de Viagra feita pelas Forças Armadas.

O órgão ainda determinou a devolução de R$ 27,8 mil aos cofres públicos. O processo é resultado de representação feita em abril de 2022 pelo ex-deputado Federal Elias Vaz (PSB) e pelo senador por Goiás, Jorge Kajuru (PSB).

O documento apresentado por eles revelou que o superfaturamento chega a 143%, na compra feita pelo Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro.

O TCU deu prazo de 90 dias para que a unidade “adote as medidas administrativas pertinentes para apuração do débito e obtenção do ressarcimento do dano causado ao erário, em valores atualizados”. Pelo acórdão, o órgão jurídico do hospital também deve adotar medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis.

A decisão baseia-se na compra, por meio de pregão eletrônico, de 15.120 comprimidos de sildenafila 25 mg pelo valor unitário de R$ 3,65 para o Hospital Naval Marcílio Dias. O valor médio no Painel de Preços do governo Federal para o período é de R$ 1,81. Além disso, o Hospital Central do Exército registrou o preço de R$ 1,50. A data da compra para atender a Marinha é 7 de abril de 2021. Já a data da compra que atendeu o Exército é 14 de abril do mesmo ano.