Flávio Bolsonaro é investigado por suposto crime de falsificação de documentos durante eleição

Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução de Internet

Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) em Brasília recebeu um inquérito da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro que investiga o senador eleito Flávio Bolsonaro do PSL, filho do presidente Jair Bolsonaro, por falsificação de documento público para fins eleitorais.  Trata-se do primeiro caso envolvendo o senador a chegar à PGR.

O caso, revelado pelo jornal “O Globo”, tramitava desde março de 2018 na Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (PRE-RJ) e apurava suposto crime eleitoral praticado por Flávio Bolsonaro ao declarar imóveis comprados por meio de “negociações relâmpago” ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com valores supostamente abaixo do real.

No inquérito, há ainda a citação de que as negociações teriam resultado em aumento do patrimônio do atual senador. Há no inquérito citação a possível lavagem de dinheiro.

Em novembro de 2018, a PRE-RJ havia encaminhado a investigação para a PF para que fossem cumpridas diligências para apuração dos fatos, entre elas, a oitiva de Flávio Bolsonaro. O prazo estipulado pela Procuradoria à época era de 60 dias para cumprimentos dessas medidas investigatórias.

No documento em que enviou, ainda em novembro de 2018, o material para a PF, a PRE-RJ afirma que como Flávio Bolsonaro havia sido eleito senador, após os 60 dias era necessário o envio do inquérito à PGR para analisar a possível existência de foro por prerrogativa de função.

Com o recebimento do inquérito, a PGR irá agora analisar se o caso permanece no Rio de Janeiro ou se passa a tramitar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A possível conduta criminosa imputada ao senador está registrada em um despacho assinado pelo subprocurador Juliano Baiocchi. Não há detalhes nos documentos sobre quais negociações de imóveis despertaram a suspeita de lavagem de dinheiro.

Na eleição de 2018, Flávio declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter um apartamento (R$ 917 mil) e uma sala comercial (R$ 150 mil), ambos na Barra da Tijuca.

Em 2014, o único imóvel que ele declarou foi um apartamento em Laranjeiras (R$ 565 mil). O valor total de seu patrimônio aumentou de R$ 714 mil em 2014 para R$ 1,7 milhão, incluindo aplicações financeiras, um automóvel e participação em empresa.

Recentemente, as transações imobiliárias de Flávio Bolsonaro vieram à tona a partir da revelação de um relatório do Coaf, que detectou depósitos fracionados, em espécie, no valor de R$ 96 mil na conta do então deputado estadual. Flávio afirmou que os repasses decorriam da venda de um apartamento.

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