Fiocruz: nove estados têm mais de 60% de ocupação em UTIs por Covid
A Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz, emitiu nesta quinta-feira (13), nota técnica alertando para o aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI, Unidade de Terapia Intensiva, para Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde, o SUS.
Apesar do alerta, a Fiocruz ressalta que o momento vivenciado pelo Brasil em 2022, por conta das taxas de vacinação contra o novo coronavírus, é diferente do cenário de 2020 e início de 2021.
“Cabe ressaltar, entretanto, que o patamar de número de leitos é outro e o número de internações em UTI hoje ainda é predominantemente muito menor do que aquele observado em 2 de agosto, quando, já no quadro de arrefecimento da pandemia, leitos começavam a ser retirados.
Sem minimizar preocupações com o novo momento da pandemia, é fundamental ratificar a ideia de que há um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da Covid-19 pela Ômicron.
“O momento requer atenção cuidadosa dos gestores sobre a necessidade de reabertura de leitos de UTI Covid-19. Não é possível ignorar que o perfil das internações geradas pela infecção com a variante Ômicron será provavelmente muito diferente daquele registrado para as demais. No mais, tão importante quanto estar atento à necessidade de reabertura de leitos, é reorganizar a rede de serviços de saúde no sentido de dar conta dos desfalques de profissionais afastados por contrair a infecção, garantir a atuação eficiente da atenção primária em saúde no atendimento a pacientes, por exemplo, teleatendimento, e prosseguir na vacinação da população”, finaliza a nota técnica.
+ veja a taxa de ocupação dos leitos de UTI Covid em nove estados:
Pernambuco (82%), Distrito Federal (74%), Espírito Santo (71%), Pará (71%), Ceará (68%), Goiás (67%), Piauí (66%), Bahia (63%) e Tocantins (61%)
Estes nove estados estão na considerada zona de alerta intermediário. Entre as capitais, Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) fazem parte de zonas de alerta crítico; e Porto Velho (76%), Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), Vitória (77%) e Brasília (74%) na zona de alerta intermediário.
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