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O que você faria se seu filho sofresse bullying na escola?, por Sidney Rezende

Terça-feira, dia 7 de abril, você terá a chance de demonstrar que você ama os seus filhos e não está ausente da vida deles na escola. Aproveite que estamos todos em casa. Um lenço branco na janela pela manhã e um ‘acender e apagar’ das luzes na sua sala será um sinal de que você também não aceita a violência contra ninguém, muito menos quando os seus pequenos são as vítimas.

Vamos contextualizar para você entender. Siga comigo.

O Brasil contabiliza, neste século, oito casos graves de invasões de escolas por jovens armados. O bullying agressivo tornou-se um problema sério, que ainda não foi enfrentado com o rigor necessário.

Manifestação contra o bullying. Foto: Reprodução

Ainda há memória recente da chacina ocorrida em 7 de abril de 2011, por volta das 8h30 da manhã, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio.

Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola portando dois revólveres e disparou contra os alunos presentes. Na ação, ele matou doze deles, com idade entre 13 e 16 anos, e deixou mais de 22 feridos. O assassino se suicidou no local.

Da dor das perdas nasceu a Associação dos Anjos de Realengo composta por mães das vítimas. A atual presidente chama-se Adriana Silveira. Ela nos contou que trabalha duro para que a memória de sua filha e das outras crianças não seja esquecida, e suas mortes não sejam em vão”.

Os pais, com Adriana à frente, tiveram a ideia de um flash mob diferente, até em respeito ao isolamento social. “A nossa demonstração de solidariedade será de dentro das nossas casas. A ideia é que todos possam participar da mobilização, colocando em suas janelas, varandas e sacadas, um pano branco, faixas, cartazes ou mensagens de apoio . O ato é um grito de protesto pedindo paz nas escolas e o fim do bulliyng e de toda e qualquer tipo da violência nas escolas”.

Massacre de Goyases

Seis anos depois do que aconteceu em Realengo, outra tragédia se abateu sobre jovens e famílias, desta vez em Goiás. A chacina ocorrida no final da manhã do dia 20 de outubro de 2017, uma sexta-feira, no Colégio Goyases, em Goiânia, foi absurda. O autor foi um aluno de quatorze anos, que cursava o oitavo ano do ensino fundamental. O motivo, segundo seu depoimento depois do crime, teria sido bullying, que vinha sofrendo por um de seus colegas.

Assista este depoimento:

Massacre de Suzano

Nem estávamos refeitos de Realengo e Goiânia, outro crime bárbaro tomou conta do noticiário. Desta vez, a chacina aconteceu por volta das 9h30 da manhã de quarta-feira do dia 13 de março de 2019, na Escola Estadual Professor Raul Brasil, que fica no Jardim Imperador, em Suzano, Região Metropolitana de São Paulo.

Guilherme Taucci Monteiro , de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, foram os responsáveis por um banho de sangue. Ex-alunos da escola, eles mataram cinco estudantes e duas funcionárias da instituição. Antes do ataque, a dupla também matou o tio de um dos assassinos. Após a tragédia, um dos atiradores matou o comparsa e, em seguida, cometeu suicídio.

Os que sobreviveram querem hoje mais do que manter viva a memória do que aconteceu no passado, mas, acima de tudo, providências contra a violência e o bullying. O primeiro passo é simples. Enquanto você reflete sobre a pergunta que serve de título desta reportagem, pense que na terça-feira um simples pano branco na sua janela já será um sinal de paz. Veja o que diz a professora:





Sidney Rezende

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Sidney Rezende
Tags: BullyingdestaqueEducaçãoJustiçaMassacre de GoyasesMassacre de RealengoMassacre de SuzanopolíciaSegurança

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